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Allison Klein, The Washington Post

Ethan Crispo estava com fome depois da festa de aniversário de um amigo e parou no restaurante Waffle House, na cidade de Birmingham, no Alabama, EUA, para fazer um lanche à meia-noite.

Quando ele entrou por volta das 12h30 do dia 3 de novembro, cerca de 30 clientes estavam lá dentro. “Sentei-me à minha mesa e fiquei pensando ‘acho que não vou conseguir comer meu waffle’”, disse Crispo, de 24 anos, que observou que havia apenas um funcionário no restaurante para fazer a comida, servi-la e lavar a louça.

“O olhar no rosto dele era uma mistura de medo, choque e confusão”, disse Crispo sobre o trabalhador, cujo crachá dizia “Ben”. “Não havia literalmente mais ninguém trabalhando além dele”, contou em entrevista ao The Washington Post.

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Crispo viu o funcionário conversando com um cliente de camisa azul sentado no balcão. Então, segundo ele, o funcionário entregou um avental ao homem e o cliente começou a lavar a louça. “Foi uma transição tão suave que, inicialmente, achei que fosse um membro da equipe voltando ao seu turno”, escreveu Crispo em um e-mail que enviou ao The Post. “Mas não era. Era um estranho gentil. Um homem que começou a limpar as mesas, lavar a louça, empilhar pratos”.

Inicialmente, Crispo enviou um e-mail para o AL.com, o canal de notícias local que escreveu primeiro a história. No texto, ele disse que o cliente e o funcionário trabalhavam “febrilmente” para atender aos outros clientes. Quando o garçom se aproximou de sua mesa, Crispo perguntou o que estava acontecendo e ele respondeu que outros dois funcionários estavam lá para ajudá-lo, mas eles foram embora – então os clientes começaram a ajudar.

Logo depois, uma cliente de vestido se levantou, foi para trás do balcão e começou a fazer café. “Ela descobriu como usar a cafeteira. Estava usando um vestido de lantejoulas e salto alto”, contou Crispo. “Ela tentou anotar um ou dois pedidos, mas depois foi limpar as mesas. Foi bizarro ver alguém fazendo isso em um vestido de lantejoulas e salto alto”. Outro cliente de camisa vermelha também apareceu para ajudar por alguns minutos.

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Pat Warner, diretor de relações públicas e relações exteriores do restaurante, disse ao AL.com que houve uma falta de comunicação na hora de agendar trabalhadores naquela noite no restaurante. Vários funcionários foram embora quando o turno acabou e os trabalhadores substitutos não apareceram.

Warner acrescentou que as imagens das câmeras de segurança mostravam os clientes lavando pratos e limpando as mesas enquanto o funcionário recebia pedidos e fazia comida. “Realmente apreciamos seus esforços, apesar de preferirmos que nossos associados estejam atrás do balcão”, disse Warner. “A chave do nosso conceito é que estamos lá para atendê-lo, e não o contrário”.

Crispo, que é de Birmingham e vai à Waffle House cerca de uma vez por mês, disse que perguntou ao funcionário, Ben, por que ele também não foi embora. Ele respondeu: “Não é a coisa certa a fazer”. Crispo disse que acabou recebendo sua comida naquela noite, um waffle duplo sem geleia. “Foi surpreendentemente fantástico. Ben fez um trabalho incrível”. E o mesmo aconteceu com os clientes que entraram para ajudar. “A humanidade não é boa”, escreveu ele no e-mail. “É ótima”.

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