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É claro que perder o emprego não é uma coisa boa (e nunca vai ser). A situação traz insegurança, crise financeira, problemas de relacionamento, além de uma série de consequências psicológicas e emocionais. Mas, mesmo um momento ruim como esse pode se tornar um trampolim para o seu desenvolvimento pessoal e profissional. É que tudo depende de como se enxerga o problema. Você já pensou, por exemplo, em ser grato pelo desemprego?

“Antes de qualquer o coisa, é preciso entender que a gratidão é um comportamento e não tem nada a ver com o fato de ignorarmos as dificuldades pelas quais estamos passando”, esclarece a mentora de capital humano, Erika Lotz, que também é professora da Faculdade Estácio Curitiba.

Por que você deve ser grato por sua família

Para ela, o movimento é tão intenso que podemos ser gratos até por quem “puxou o nosso tapete” alguma vez na vida – por mais estranho que isso possa parecer. “É por conta dos empurrões que a vida nos dá que a gente acaba crescendo. Se você colocar a sua mente naquilo que está perdendo, não vai sair do lugar. O ideal é reconhecer o momento difícil e pensar: o que eu posso fazer para sair disso?, em vez de ficar se vitimizando”, afirmou.

Foi exatamente o que fez a jornalista Glau Gasparetto, de 43 anos, depois de ser demitida. “Como foi algo inesperado, obviamente me afetou. Senti um misto de frustração, decepção, tristeza, raiva, fracasso, rejeição. É uma sensação horrível. Mas, hoje eu brinco que, se soubesse como minha vida mudaria a partir daquela demissão, teria estourado um champanhe e feito uma festa no lugar de me lamentar”, contou ela ao Sempre Família.

“É por conta dos empurrões que a vida nos dá que a gente acaba crescendo. Se você colocar a sua mente naquilo que está perdendo, não vai sair do lugar” 

Glau trabalhava em uma das maiores editoras do país, vivia regida por horários, metas e compromissos e sobrava pouco tempo livre para fazer o que mais gosta: viajar. Atualmente, ela e o marido tocam uma agência de produção de conteúdo e produtos digitais e levam uma vida bem mais “leve e desprendida”.

Hoje o casal  trabalha remotamente. Eles mantêm casa em São Paulo, mas podem viajar a qualquer momento, pois têm condições de trabalhar de qualquer lugar do mundo. “Só precisamos de computadores e acesso à internet”, conta Glau. “Sou muito mais realizada hoje, sem dúvida alguma. Faço minha própria agenda de trabalho e posso ir à aula de Pilates no meio da manhã ou ao supermercado no meio da tarde sem que isso interfira na minha produção profissional no fim do dia”, comemora.

Pensamento positivo 

A coach e especialista em recolocação Tais Targa sustenta que cada vez que somos verdadeiramente gratos por alguma coisa o nosso organismo também age de forma positiva. “Acontece assim: o cérebro libera para o corpo substâncias que proporcionam paz e relaxamento. E é nesse contexto que podem surgir as maiores oportunidades que, muitas vezes, você não estava enxergando”, explicou.

Ainda, segundo ela, as oportunidades são “detalhes no nosso dia a dia”, que nem sempre estão aparentes, com letreiros luminosos. “Às vezes é uma pessoa com quem você esbarra na rua ou um semáforo fechado que você pega e acaba te atrasando. Tudo isso pode mudar abrir portas”, sugere. “Se você parar para pensar, o fato de estar sem trabalho pode ser encarado de duas formas: com sofrimento e angústia ou como uma oportunidade de amadurecimento profissional e aprendizado. Você é quem decide”, finaliza.

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