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Com certeza você conhece alguém que está ou que já ficou desempregado em algum momento da vida. Seja por conta da crise, de reformulações na empresa, de um projeto pessoal que não deu certo, enfim… ninguém está livre disso acontecer. Só que além do impacto financeiro no orçamento da casa, o desemprego também pode afetar o relacionamento entre o casal. Será que é possível superar essa fase difícil e ainda usar isso para fortalecer a relação?

A psicóloga e coach Tais Targa afirma que quando o desemprego vem de uma forma repentina, é normal que a pessoa fique com a autoestima baixa e sofra bastante, apesar de nem sempre demonstrar isso. Daí a importância do cônjuge manter a calma e apoiar o parceiro(a). “Claro que é inevitável se questionar sobre como as coisas vão ficar dali para frente, mas a atitude do marido ou da esposa de quem ficou desempregado é imprescindível para que a situação seja superada”, disse.

Fracasso faz parte do processo de aprendizado

A especialista também lembra que uma das principais finalidades do casamento é “estar ao lado de quem se ama quando as dificuldades surgem” e que sabendo administrar o momento é possível “fazer do limão uma limonada”.

“Você, com certeza, sairá mais fortalecido como pessoa, tendo aprendido mais do que imaginava com essa experiência e ainda terá uma união muito mais sólida, que resista às tempestades”, afirma Tais. “Lembre-se, duas pessoas se unem para que a vida se torne mais prazerosa e tolerável. Tudo o que você precisa é ser reconfortante e estimulante nesse período. Não perca o foco. A recolocação do seu cônjuge também depende de você”.

Confira uma lista com 6 passos para ajudar seu cônjuge a lidar com o desemprego:

1. Não se desespere

Quando seu cônjuge perde o emprego é comum que você comece, imediatamente, a pensar em mudar de casa, dispensar a diarista ou tirar as crianças da escola particular. Talvez essas providências até sejam necessárias, mas não em um primeiro momento. O que você precisa fazer de maneira urgente é olhar para a pessoa e dar forças para ela. Passe confiança e ajude-a dizendo que isso é apenas uma fase e que tudo vai passar.

2. Eleja as prioridades

O segundo passo, sim, é avaliar o que pode ser “enxugado” do orçamento familiar até que as coisas voltem ao normal. Mas faça isso de maneira equilibrada e consciente. Pense primeiro nas coisas supérfluas que podem ser cortadas, como comer fora durante a semana ou aquela viagem que dá para adiar. Mude a ótica também: muitas vezes o seu foco está no problema e você perde a chance de aprender com essa experiência. Se mudar seu estado mental, você se sentirá mais feliz e verá outras formas de lidar com a situação.

3. Elimine a palavra “desempregado” da sua vida

Ela só atrai ainda mais o foco para o problema. Em vez disso, use “em recolocação”, “atrás de novas oportunidades”. Assim você direciona o foco para um movimento positivo de busca por novos ares na carreira. Nunca diga que seu companheiro (a) está desempregado (a), apenas diga que está em um processo de transição ou em busca de uma nova oportunidade. Isso alivia o fardo.

4. Levante a cabeça

Não se envergonhe do fato de seu cônjuge estar passando por esta situação. Pelo contrário, compartilhe essa informação com quem você confia. Contando às pessoas mais próximas, pode ser que elas abram os olhos de vocês e ajudem a achar novos caminhos para o seu parceiro (a). Nunca se sabe como e quando as oportunidades podem aparecer. Não se trata de divulgar o problema, mas sim de não fazer questão de escondê-lo.

5. Alimente a autoestima

Sempre ressalte ao seu marido ou à sua esposa os talentos dele (a). Nos dias difíceis lembre-se de fazer elogios sinceros, de olhar nos olhos da pessoa que ama e de dizer que dias melhores virão. Com certeza você não se casou pelo emprego que ele ou ela tinham. Mostre isto todos os dias. Que você o (a) admira independentemente do seu status profissional.

6. Ajude na busca

Procure conteúdo de qualidade na Internet e ajude seu parceiro (a) a organizar o tempo dele. Dicas de livros, filmes, canais no Youtube e cursos gratuitos são importantíssimos. Se tiver tempo, pare para assistir com ele. Incentive-o a sair da TV e a consumir bons conteúdos. Assista a filmes com histórias inspiradoras, de pessoas que tiveram dificuldades tremendas e deram a volta por cima. E se perceber que a situação está difícil demais, não descarte a possibilidade de encaminhar seu parceiro (a) para a ajuda profissional de um psicólogo, por exemplo.

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