Facebook/Discapacidad TV
Facebook/Discapacidad TV| Foto:

Aos 77 anos, o britânico Georgie Wildgust não abre mão dos seus hobbies preferidos: dominar a pista de dança, sair para jantar e colorir desenhos. Não foi à toa que ele se tornou a pessoa com síndrome de Down mais velha da Inglaterra – e acredita-se que ele possa ser também uma das mais velhas do mundo com a condição. Apesar da idade, os passos firmes do idoso são de dar inveja à muita gente.

Wildgust leva uma vida feliz e saudável, mas para alcançar essa idade, ele desafiou a medicina. Na década de 1940, as pessoas que tinham alguma doença rara viviam muito pouco, no máximo até a adolescência. Mas ele se tornou uma exceção.

Sintomas de velhice podem surgir a partir dos 20 anos em pessoas com Síndrome de Down

Talvez o segredo para a longevidade seja seu otimismo. Wildgust gosta de passear na praia para comer porções de peixe com batata frita e tomar muito sorvete. É na alegria das coisas mais simples que o idoso vê a oportunidade de celebrar a vida.

A comemoração de suas 77 primaveras aconteceu no dia 16 de agosto deste ano na casa de repouso Watcombe Circus, onde ele mora desde 1993, depois que sua mãe faleceu. A casa fica na cidade de Nottingham, na Inglaterra, e no dia da festa, ficou repleta de amigos e familiares do idoso. Seu irmão mais novo, Colin, 71 anos, morreu há três anos, mas a irmã mais velha Jean Yessyan, de 79, ainda mantém contato com ele via Skype na Austrália.

Contrariando as próprias chances 

Georgie Wildgust e seu irmão mais novo, Colin. | Facebook/Discapacidad TV Georgie Wildgust e seu irmão mais novo, Colin. | Facebook/Discapacidad TV

Antes de se aposentar, Wildgust trabalhou como jardineiro e fabricante de tapetes. Agora, ele passa seus dias desfrutando de seus passatempos favoritos no local que se tornou seu segundo lar. Para seus cuidadores, ele é um homem adorável, amoroso e muito gentil.

Sua expectativa de vida era de, no máximo, 10 anos. No entanto, Wildgust conseguiu contrariar as próprias chances. “Sua mãe sempre dizia que ele podia fazer qualquer coisa e, por isso, ele sempre foi muito independente”, conta a sobrinha Nikki Wright, de 44 anos, que o visita toda semana.

O idoso também acredita que um dos principais motivos que o levaram a viver tanto tempo foi o amor pela dança.

“Eles estavam muito errados”

“Honestamente, todos os dias em que eu estou trabalhando aqui, ele me faz sorrir”, disse Kimberley Taylor, membro da equipe da casa de repouso, em entrevista à BBC. Na casa de repouso, ele divide a rotina com mais 12 pessoas. Entre elas, uma namorada, Lorraine, que saiu recentemente do lar, mas que ainda o visita e também mantém contato por Skype.

Georgie Wildgust e sua sobrinha Nikki Wright que o visita toda semana. | Facebook/Discapacidad TV Georgie Wildgust e sua sobrinha Nikki Wright que o visita toda semana. | Facebook/Discapacidad TV

Segundo Nikki, seu tio é um verdadeiro milagre. Neste ano, ele passou por alguns problemas de saúde, mas recebeu os tratamentos necessários e se recuperou bem. “Quando ele voltou do hospital, ele apenas disse ‘vocês estão todos bem, minha querida?’, como se nada tivesse acontecido”, conta a sobrinha.

“Estamos todos muito orgulhosos dele, é surpreendente que ele tenha atingido essa idade. Minha avó foi informada de que ele não viveria mais de dez anos devido à síndrome de Down, mas eles estavam muito errados”, lembra Nikki.

A instituição de caridade britânica Down’s Syndrome Association enviou uma mensagem especial para Wildgust em comemoração ao seu aniversário:

“Graças aos avanços médicos e ao cuidado e amor das pessoas ao seu redor, a expectativa de vida média das pessoas com síndrome de Down é agora entre 50 e 60 anos, com um pequeno número de pessoas vivendo até os 70 anos e além. Todos na Associação da Síndrome de Down desejam a Georgie um feliz aniversário e tudo de bom para o futuro”.

Com informações de Dailymail

***

Recomendamos também:

***

Acompanhe-nos nas redes sociais: Facebook Twitter | YouTube

Deixe sua opinião