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Desde sua estreia nos Estados Unidos, em 27 de junho, A Lenda de Tarzan tem sido alvo de críticas por parte do público cristão, sobretudo entre os católicos. O motivo é o personagem interpretado por Christoph Waltz, Léon Rom, o vilão do filme: um colonialista belga que porta sempre entre os dedos um rosário, que chega a usar até mesmo para estrangular as pessoas.

Léon Rom existiu de verdade e viveu entre 1859 e 1924, tendo sido um soldado proeminente na administração do Estado Livre do Congo no fim do século XIX. Rom era conhecido por sua crueldade, mas a sua figura serviu apenas de inspiração para o vilão do filme.

Na produção, se diz que o rosário foi presenteado ao personagem de Waltz por um padre, quando ele tinha nove anos. Jane, interpretada por Margot Robbie, diz que Rom era “próximo demais” de um padre em sua adolescência, insinuando que possa ter sofrido abuso.

Além disso, The Times reportou que haveria uma cena do filme, eliminada da versão final, em que Rom beija Tarzan inconsciente. David Yates, o diretor do filme, responsável pelos quatro últimos filmes de Harry Potter, confirmou a informação, dizendo que a cena foi retirada porque incomodou muitas pessoas nas sessões de teste.

Segundo Yates, Rom dizia a Jane depois do beijo: “A selvageria de seu marido me perturba mais do que eu possa expressar”, indicando uma sexualidade transtornada devido à experiência traumática da adolescência e canalizada na figura de Tarzan, interpretado por Alexander Skarsgård.

Por outro lado, o filme retrata o valor da família, o horror da escravidão e traz referências positivas à oração. “Os filhos são vistos como uma bênção e o amor entre Tarzan e sua esposa, Jane, permanece como uma das grandes histórias de amor da ficção. Além disso, em cenas de flashback, as citações vistas no diário do pai de Tarzan contêm referências positivas a Deus e à oração”, diz a resenha do site Movieguide.

O personagem de Waltz recebeu críticas também por ser simplório demais. “Waltz interpreta uma enésima variante do vilão impassível e sofisticado”, diz Joel Poblete, do jornal chileno Publimetro. Conhecido por seus papéis de vilões, o ator austríaco conquistou renome na última década, ganhando duas vezes o Oscar de melhor ator coadjuvante, por seus papéis em Bastardos Inglórios e Django Livre. As suas surpreendentes atuações, no entanto, se revelaram pouco a pouco “mais do mesmo”, como em 007 contra Spectre. Para Adrián Ruiz, do jornal mexicano Excelsior, Rom é o vilão “mais plano e sem matizes” da carreira do ator.

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