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A proposta de dar comunhão aos cônjuges protestantes casados com católicos, feita por um grupo de bispos alemães ao papa Francisco, foi oficialmente rechaçada pelo Vaticano.  O prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal eleito Luis Ladaria, afirmou em carta que o documento no qual os bispos expõe a ideia tem “problemas de notável relevância”.

Divulgada pelo vaticanista Sandro Magister, a carta, que contou com a aprovação do papa Francisco, foi enviada no dia 25 de maio ao cardeal Reinhard Marx, presidente da Conferência Episcopal da Alemanha. No texto, Ladaria diz ao cardeal alemão que tratou do tema com o pontífice entre 11 e 24 de maio e que ambos concluíram que o documento “não está maduro para ser publicado”.

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Os problemas que uma eventual admissão de cristãos evangélicos à comunhão, diz Ladaria, seriam de ordem doutrinal, ecumênica e canônica.

Alemães divididos

A carta foi escrita algumas semanas após o encontro de uma delegação de bispos alemães com o papa Francisco para tratar do assunto que rachou o episcopado alemão entre apoiadores e críticos da proposta. Na ocasião, Francisco não chegou a emitir uma palavra final, declarando apenas que os bispos encontrassem “em espírito de comunhão eclesial, um resultado possivelmente unânime”.

Após o encontro, outros influentes líderes católicos ao redor do mundo também entraram na discussão, como o cardeal africano Francis Arinze, que chegou a dizer: “não se pode compartilhar a comunhão com não-católicos como se fosse cerveja ou bolo”.

Antes da conversa com Francisco, um grupo de sete bispos alemães pediram oficialmente ao Vaticano para que interviesse e impedisse a publicação do documento. Segundo o vaticanista Edward Pentin, do site britânico Catholic Herald, esse grupo teria conseguido, inclusive, o apoio do também alemão papa emérito Bento XVI.

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