Centenas de pessoas participaram de um evento em apoio ao confeiteiro Jack Phillips e à decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que deliberou a seu favor na segunda-feira (04/06). Em um caso que se arrastava há seis anos, o tribunal o absolveu da acusação de crime de discriminação por ele ter se recusado a criar um bolo personalizado para um casamento homoafetivo. A multidão se reuniu em torno da confeitaria de Phillips, a Masterpiece Cakeshop, em Lakewood, no Colorado, na sexta-feira (08/06).
Uma fila de pessoas se formou no estabelecimento, circundando quase todo o quarteirão. Os apoiadores encomendaram biscoitos e bolos e, em seguida, fizeram uma manifestação de apoio em um estacionamento próximo, onde algumas pessoas tomaram a palavra.
“Sirvo todos aqueles que entram na minha loja, pessoas de todos os estilos e vida. Passei muitos anos aperfeiçoando meu ofício de artista confeiteiro, combinando a cozinha com o meu amor por esculpir, pintar e rabiscar. Amo meu trabalho porque o bolo é uma tela na qual posso expressar ideias, celebrar eventos e trazer alegria à vida das pessoas”, disse Phillips durante a manifestação.
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“A decisão da corte deixa claro que a tolerância é uma via de mão dupla. Se queremos liberdade para nós, precisamos estendê-la àqueles dos quais discordamos em assuntos importantes, como o significado do casamento”, afirmou o confeiteiro, que se mostrou feliz pelo apoio, que, segundo ele, compensa os ataques que têm recebido ao longo dos anos. “Começamos a receber e-mails com mensagens de ódio, bastante virulentos e vulgares, e telefonemas com ameaças de morte”, disse.
Wendy Smith, viajou 120 quilômetros com o marido, desde Colorado Springs, para apoiar Phillips. “Somos muito gratos a Jack. Queremos estar ao seu lado porque ele é um exemplo para todos nós”, disse à agência CNA. “Eu vim para apoiá-lo porque, como gay, sinto como se a esquerda falasse por uma grande parte de nós, o que não é verdade. Honestamente, a liberdade religiosa é importante para todos neste país. Só porque a comunidade LGBT tem direitos não significa que eles esgotem os direitos dos outros”, defendeu Justin Wright, que veio de Loveland.
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Para Jeremy Tedesco, conselheiro sênior da Alliance Defending Freedom, a entidade que representou Phillips no julgamento, a questão não está nos clientes atendidos, mas na mensagem do produto. “É a diferença entre ‘quem’ e o ‘quê’. Para Jack, a única coisa que importava era o ‘quê’: o que você está me pedindo para criar? Acho que a nossa sociedade tem muito a ganhar se aceitarmos essa distinção”, disse.
Em 2012, Phillips se recusou a produzir um bolo para um casamento entre pessoas do mesmo sexo, alegando que isso seria contrário à sua fé cristã. Ele também recusa criar bolos para outros temas que objeta, como festas de despedida de solteiro, celebrações de divórcio e comemorações de Halloween.
Assista à reportagem de uma tevê local sobre o ato:
Com informações de Catholic News Agency.
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