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Os Estados Unidos ainda são “um país robustamente religioso e a mais devota de todas as democracias ocidentais ricas”. É o que diz a analista Dalia Fahmy, do Pew Research Center, com base em dados publicados em junho de 2018 pelo instituto. A população do país é mais propensa a rezar e a frequentar regularmente serviços de culto do que seu vizinho Canadá ou a maioria dos países da Europa.

Mais da metade da população adulta dos Estados Unidos – 55% – diz que faz orações diariamente, em comparação com 25% no Canadá, 21% na Itália e apenas 6% no Reino Unido.  A média da Europa é de 22%. A média dos Estados Unidos se equipara a de países em desenvolvimento como Bolívia (56%), África do Sul (52%), Brasil (61%) e Bangladesh (57%). É o único país que está acima do número médio tanto no quesito oração como no quesito PIB per capita, entre os 102 examinados pelo estudo.

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Apesar do resultado, isso não significa que os Estados Unidos não tenham também sofrido com a onda de secularização que varreu o Ocidente nas últimas décadas. Outras pesquisas do instituto mostram que adultos com menos de 40 anos de idade manifestam índices menores de afiliação religiosa, oração e frequência a cultos do que as pessoas mais velhas. “Isso pode acarretar em futuras quedas nos níveis de comprometimento religioso”, explica Fahmy.

A analista recorda que a tendência dos Estados Unidos em ir contra a corrente quando o tema é religião é um assunto que fascina os cientistas sociais há muito tempo. Já em 1835 o pensador francês Alexis de Tocqueville mostrou-se surpreendido em seu livro Democracia na América com o papel que a religião ocupava na sociedade norte-americana.

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