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A controversa exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira”, promovida pelo Santander Cultural de Porto Alegre, e que gerou uma série de manifestações de repúdio na internet continua movimentando as redes sociais. Grupos cristãos iniciaram uma campanha com a publicação de fotos de cartões de crédito do Banco Santander sendo quebrados e o compartilhamento de testemunhos de clientes anunciando que estão cancelando suas contas. As reações sinalizam que o caso não será esquecido pelos engajados grupos cristãos que tomaram conhecimento das obras que zombavam de símbolos religiosos, além de promover a pedofilia e a zoofilia.

(Leia também: Santander terá de responder na justiça por exposição abusiva)

 

Confira algumas das reações:

 

– No domingo, em sua página no Facebook, o senador Magno Malta, presidente das CPI dos Maus-tratos contra Crianças e Adolescentes, divulgou um vídeo em que um morador de Porto Alegre apresenta as obras expostas no Santander Cultural. Malta explica, na publicação, que deve convocar o Banco e os responsáveis pela mostra, para “investigar o uso de recurso público no evento que agride a nação cristã, ameaça crianças, jovens e os bons costumes da família brasileira”. Segundo ele, este é um evento criminoso que faz apologia à pedofilia, que é considerado crime hediondo.

 

 

– No mesmo dia, o Movimento Brasil Livre (MBL) publicou também um vídeo em que mostra seu repúdio à exposição. Kim Kataguiri, um dos líderes do movimento questionou o por quê de artistas quererem mostrar a liberdade de opinião atacando o cristianismo, promovendo a zoofilia e a pedofilia, com o dinheiro público, já que a mostra foi viabilizada por causa da Lei Rouanet, de incentivo à cultura.

 

 

– Já o advogado e consultor jurídico do Democratas, Adão Paiani, divulgou em sua página no Facebook que protocolou uma notícia-crime contra os responsáveis pela exposição, alertando para o fato de que, mesmo com o cancelamento do evento, eles serão responsabilizados criminalmente e o dinheiro dispensado nessa questão será pedido de volta.

 

 

Carla Zambeli, do movimento “#Nas Ruas”, também demonstrou sua insatisfação com a situação. Em vídeo divulgado na página do grupo no Facebook, ela afirma que os organizadores cometeram um ato criminoso e extremamente ofensivo aos cristãos. “Eu, como cristã tive um sentimento de repúdio. E repudio, principalmente, porque isso foi feito com dinheiro público. Quase um milhão de reais firam gastos com uma mostra que não é de arte, mas sim de ódio”, diz.

 

 

– Também no Facebook, o jornalista Paulo Eduardo Martins trouxe uma lista expondo o nome dos sócios do Banco Santander, como incentivo para que a sociedade cobre deles o reparo do mau que permitiram acontecer.

 

 

– A cantora Marcela Taís, conhecida do público jovem evangélico, também tornou pública sua revolta por meio do Instagram. Ela incentivou seus seguidores a assumirem com coragem uma postura diante do assunto. “O problema não é quando o mal fala, mas sim quando o bem se cala. Cristão não é covarde” .

 

 

– O humorista evangélico Jonathan Nemer também gravou um vídeo em que fala do desrespeito da exposição. Ele pediu por meio uma publicação no Facebook que aqueles que mantém uma conta corrente no banco, repensem se é válido compactuar com uma organização que tenha valores distorcidos como esses. No campo de comentários, vários cristãos incentivam que outros cancelem suas contas no banco.


 

 

– Foto divulgada pelo procurador Guilherme Schelb, que promove cursos para pais sobre seus direitos em relação à escola no que diz respeito à formação moral dos filhos.

 

 

– A plataforma CitizenGo – que mantém um blog no Sempre Família -, criou uma petição para colher assinaturas que serão enviadas juntamente com uma nota de repúdio à exposição considera blasfema. Acesse aqui a petição.

 

Entenda o caso

A exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira”, tinha previsão de funcionamento até o dia 8 de outubro, mas foi cancelada no domingo, 10 de setembro após diversos grupos, líderes religiosos e movimentos de direita terem se posicionado contra Santander Cultural. Conforme divulgado pela Gazeta do Povo durante o fim de semana, algumas obras mostravam pessoas tendo relações com animais, imagens de crianças com os termos “Criança Viada”, além da profanação de símbolos cristãos.

Ainda no domingo, para explicar o que motivou o encerramento da mostra, o Santander Cultural divulgou uma nota em sua página no Facebook, em que pedia desculpas aos que se sentiram ofendidos por alguma das obras que faziam parte do evento. A empresa diz na publicação que entende que algumas delas desrespeitavam símbolos, crenças e pessoas e que isso não se alinha à visão de mundo que eles têm. Confira:

 

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