João Amoêdo tem 55 anos e vem de uma carreira bem-sucedida na iniciativa privada, tendo trabalhado em empresas como Citibank, Unibanco e BBA-Itaú. É formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e até a criação do Partido Novo, em 2011, seu nome não era conhecido no meio político brasileiro. A motivação para que uma nova legenda fosse criada veio da insatisfação de Amoêdo com a alta carga tributária do país e os péssimos serviços prestados pelo governo à população.
Em junho de 2017 Amoêdo deixou o cargo de presidente do Novo para dedicar-se à sua possível candidatura à presidência da República, fato que foi confirmado em novembro do mesmo ano. Ele e o Novo defendem que a pessoa deve ter uma liberdade responsável. Isso vale para a população e para os candidatos da legenda.
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Em entrevista ao HuffPost Brasil, em dezembro de 2017, Amoêdo disse que o Novo “adotou a pauta liberal mais relacionada à economia e quanto às outras pautas comportamentais, a gente tem dito que o candidato do Novo tem total liberdade para definir a agenda deles”. Entretanto, questões como aborto e descriminalização das drogas seriam tratadas em um segundo momento em seu governo, como explicou à Gazeta do Povo, em novembro de 2017.
Aborto
Na mesma entrevista à Gazeta do Povo, Amoêdo defendeu que as mulheres sejam livres para decidir dentro daquilo que a legislação atual já permite. “A minha opinião pessoal sobre aborto é a de que as mulheres deveriam ter liberdade de abortar no que está previsto em lei, como no caso de estupro. Além disso, em entrevista ao HuffPost Brasil, em dezembro de 2017, o pré-candidato sugeriu que o Brasil adotasse o federalismo para essa questão.
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“O que a gente acha em algumas questões, como aborto, é que essa questão fosse levada para os estados, para que cada um pudesse ter a sua pauta e se aquilo for algo muito relevante para uma pessoa, que ela esteja incomodada, que ela tenha a opção de mudar de estado e você não obrigaria toda uma população ou determinada minoria a seguir a determinação da maioria. Realmente é um tema com argumento para os dois lados”, disse.
Drogas
Amoêdo se diz contra a legalização das drogas em geral, mas especificou a sua opinião a respeito da descriminalização do porte de pouca quantidade de maconha. Em entrevista ao portal O Antagonista, em 11 de janeiro deste ano, ele disse: “A minha sugestão é a de que, no caso de pequeno porte de maconha, onde tenha um grande número de apreensões e prisões decorrentes disso e sendo um volume pequeno, deveria ter uma descriminalização”.
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Segundo ele isso melhoraria até a questão prisional no país, porque “melhoraria a quantidade de pessoas presas, a segurança e deixaria o aprisionamento para outros crimes principais. A maconha pelo que tenho visto e estudado não é tão relevante e nem dá lucratividade para todo o processo. E do ponto de vista do custo-benefício para a sociedade, seria benéfico pelas questões do encarceramento”, explicou.
Para a Gazeta do Povo ele avaliou ainda que o combate como é feito hoje não funciona, mas colocou o tema, juntamente com o aborto, como algo a ser visto em um segundo momento em seu governo. Por esse motivo, Amoêdo defende que a legislação se mantenha como está.
Casamento gay
Amoêdo adota para o casamento entre pessoas do mesmo sexo o posicionamento do partido.“Algumas outras pautas, como casamento de pessoas do mesmo sexo, o partido já se posicionou a favor”, disse ao HuffPost Brasil. O partido, porém, dá liberdade aos seus candidatos para se posicionarem de outra forma.
Desarmamento
Nessa questão o candidato explicou, também ao HuffPost Brasil, que o partido se posiciona contra. Para ele, assim como para o Novo, “as pessoas devem ter liberdade de portar arma se for de seu interesse, claro que com responsabilidade”.
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