Nesse período do ano, chefes de Estado e de governo de várias partes do mundo divulgam as suas mensagens de Natal, em vídeo ou por escrito. 2017 marca, aliás, o 60º aniversário da primeira mensagem de Natal de um chefe de Estado televisionada – a da rainha Elizabeth II, em 1957. Mas presidentes, reis e primeiros-ministros adotam tons e conteúdos bastante diversos em suas mensagens – enquanto uns se limitam a fazer um balanço do ano transcorrido, outros preferem manter a atenção na festa celebrada. Confira como foram as mensagens de Natal emitidas por dez líderes de todo o mundo neste ano:
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos
Trump gravou sua mensagem natalícia ao lado da primeira-dama, Melania, que também tomou a palavra durante o vídeo. O presidente norte-americano falou da celebração do “milagre do Natal”: “Os cristãos recordam a história de Jesus, Maria e José, que começou há mais de 2 mil anos, como nos diz o Livro de Isaías: ‘Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado, o principado estará sobre os seus ombros e ele será chamado maravilhoso conselheiro, Deus poderoso, pai da eternidade, príncipe da paz’”, disse Trump. “Essa boa nova é o maior de todos os dons, a razão de nossa alegria e a verdadeira fonte de nossa esperança”, afirmou.
Elizabeth II, rainha do Reino Unido
A mensagem da rainha Elizabeth II celebrou o fato de que a sua primeira mensagem televisiva de Natal foi transmitida há 60 anos, em 1957. Elizabeth II fez referência aos ataques terroristas em Londres e Manchester e aos seus 70 anos de matrimônio com o príncipe Philip. “Lembramos o nascimento de Jesus Cristo, cujo único santuário foi um estábulo em Belém. Ele conheceu a rejeição, a dificuldade e a perseguição. Ainda assim, o amor generoso de Jesus Cristo é um exemplo que me inspira em bons e em maus tempos”, disse a monarca de 91 anos.
Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido
“Orgulhemo-nos de nossa herança cristã”, escreveu a primeira-ministra em sua mensagem de Natal. May destacou os serviços de voluntariado que intensificam suas atividades nessa época do ano e sublinhou a celebração dos “valores cristãos do amor, do serviço e da compaixão” vividos no país por “pessoas de todas as religiões e sem religião”. Ela lembrou situações de perseguição religiosa no mundo e destacou a liberdade religiosa que se vive no Reino Unido.
Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá
“Para os cristãos de todo o mundo, é tempo de celebrar Jesus Cristo e sua mensagem de compaixão e uma oportunidade de se reunir e agradecer por tudo aquilo que nos une”, disse Trudeau. “Nestas festas, e entrando no novo ano, vamos nos comprometer a fazer a diferença. Seja estendendo a mão a um vizinho ou nos voluntariando por uma causa em que acreditamos, vamos nos doar generosamente e viver os valores que nos mantêm unidos”. O primeiro-ministro canadense ainda rememorou algumas conquistas do governo durante o ano.
Hassan Rouhani, presidente do Irã
Rouhani foi o único líder de um país majoritariamente muçulmano a publicar uma mensagem de Natal. No texto, ele congratulou os líderes de todo o mundo por ocasião do aniversário de nascimento do “Profeta da misericórdia e da bondade”, como chamou Jesus. Ele também fez referência ao início do novo ano gregoriano. O presidente iraniano enviou ainda uma mensagem endereçada ao papa Francisco, felicitando a ele e a todos os cristãos pelo Natal e desejando que no novo ano “nós testemunhemos a erradicação do mal, da perversidade, da discriminação e da pobreza, aproveitando os ensinamentos dos profetas e seguindo seus traços e seu comportamento benevolente”.
Michel Temer, presidente do Brasil
O tom do discurso de Temer foi o de um balanço do ano que se encerra – e de autopropaganda. “Em um curto espaço de tempo, colocamos a economia em ordem, saímos da recessão e temos as taxas de juros mais baixas dos últimos anos”, sublinhou. “A bolsa de valores registra alta após alta. O PIB também. A safra agrícola quebra recordes”, elencou o presidente. “Está mais barato para viver”, disse ainda, além de apontar que a reforma da previdência é “uma questão do futuro do país”.
Mauricio Macri, presidente da Argentina
O presidente argentino não fez nenhuma menção significativa à celebração do Natal em sua mensagem. “Só quero dizer que lhes desejo uma grande noite e um feliz 2018”, afirmou. Macri fez ainda uma discreta referência à tragédia com o submarino argentino desaparecido no Oceano Atlântico: “É um tempo de balanços, sonhos e projetos. Também pode haver tristeza, porque se sentem as ausências daqueles que não estão aqui”. Encerrou o vídeo, porém, em tom otimista e propagandístico, dizendo que este fim-de-ano “nos encontra um pouco melhor que o do ano passado”. “Somos a geração que está mudando a Argentina para sempre”, concluiu.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel
“É um prazer para mim, na noite de Natal, estar aqui em Jerusalém, a cidade santa”, disse Netanyahu, em inglês, em sua vídeo-mensagem de Natal. “Israel é um país que diz ‘feliz Natal’, primeiro para os seus cidadãos cristãos e também para nossos amigos cristãos de todo o mundo”. Ele prometeu que no próximo Natal liderará uma visita guiada pelo país “seguindo as pegadas de Jesus e da origem de nossa herança judaico-cristã”. “Vocês que virão a Israel: eu irei levá-los em uma visita guiada. De fato, eu serei o seu guia nessa visita”, disse.
Felipe VI, rei da Espanha
O monarca espanhol também fez uma mensagem em clima de retrospectiva, referindo-se aos “momentos difíceis” que a Espanha viveu em 2017, com especial atenção à crise catalã e aos atentados terroristas em Barcelona e Cambrils. “Estou certo de que ninguém deseja uma Espanha paralisada ou conformista, e sim moderna e atrativa, que fascine; uma Espanha serena, mas em movimento e disposta a evoluir e a se adaptar aos novos tempos”, disse Felipe VI, que não fez nenhuma menção significativa à celebração do Natal.
Frank-Walter Steinmeier, presidente da Alemanha
Em sua primeira mensagem de Natal, o presidente alemão mencionou a tranquilidade que se apossa das cidades nos dias entre o Natal e o ano novo e comentou: “Para aqueles entre nós que são cristãos, essa tranquilidade é simbólica, pela promessa de paz da história do Natal”, disse. Steinmeier incentivou um sentimento de otimismo frente à incerteza. “Se não tivermos certezas em nós para confrontar aberta e bravamente o inesperado, então os pastores de Belém deveriam ter abandonado a sua busca”, afirmou.
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