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A falta de informação sobre a rotina de vida de uma pessoa com síndrome de Down e sobre qual a melhor forma de auxiliá-los em seu desenvolvimento acaba gerando uma série de preconceitos. Percebendo esse universo e não sabendo como interagir com a prima, que tem a síndrome, Alice Gonçalves passou a prestar mais atenção no tema. Cursando a faculdade de jornalismo no Uninter (Centro Universitário Internacional), em Curitiba, ela decidiu juntamente com a amiga Shamia Arialle estudar mais sobre o assunto no seu projeto final do curso e o trabalho resultou no recém-lançado livro Vejo Flores em Você.

O livro conta cinco histórias de pessoas que têm a síndrome, com idades entre 5 e 37 anos, mostrando como é a rotina delas e de seus familiares. “O principal objetivo é mostrar para as pessoas que lerão o livro e que convivem com o Down histórias que podem ser semelhantes às suas, para que eles possam lidar melhor com a situação”, conta Alice ao Sempre Família.

Durante o processo de produção do trabalho de faculdade que se tornaria mais tarde o livro, mais de 10 famílias foram entrevistadas. As estudantes, porém, acabaram notando que ainda havia muitas dúvidas dos próprios pais em relação aos cuidados e ao cotidiano de seus filhos que tinham a síndrome. “Escolhemos somente cinco, porque eram as que mostravam, além da rotina, uma história de vida forte e inspiradora”, lembra Alice.

 

Entre elas está a de Maria Fernanda, que tem uma saúde frágil não por causa da síndrome, mas por conta de outras complicações. Isso faz com que ela procure viver intensamente seus dias, aproveitando cada momento e fazendo deles mais especiais. “Isso nos tocou bastante e nos ensinou que precisamos viver nossos dias da melhor maneira possível”, completa Alice.

O livro Vejo Flores em Você traz no final a foto de cada um dos personagens das histórias. O original foi apresentado na banca de conclusão de curso no final de 2016 e durante 2017 foi revisado para que pudesse ser lançado no início de 2018 e cumprir seu papel social. “A síndrome sempre existiu, mas mesmo assim as pessoas que a têm são vistas de maneira diferente. Queremos que o leitor reflita. Mostramos que ser diferente não é ruim e que a ocorrência genética não impede ninguém de ter uma vida normal”, finaliza Shamia.

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