A depressão pós-parto pode interferir de maneira negativa no desenvolvimento social, afetivo e cognitivo da criança, gerando sequelas na infância e adolescência
Sharon McCutcheon/ Unsplash| Foto:

Ao mesmo tempo em que sente enjoos, cólica, dor de cabeça, falta de ar e outros sintomas físicos, a gestante também passa por diversas mudanças hormonais na gestação, lida com um turbilhão de emoções e fica ansiosa ao pensar na educação da criança. Por isso, o período entre a descoberta da gravidez até o primeiro ano após o parto é considerado o de maior vulnerabilidade para adoecimento psíquico da mulher e, além da preocupação com seu corpo, é fundamental dar atenção à saúde da mente nessa fase.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 20% das gestantes no mundo sofrem com transtornos mentais após o nascimento do bebê, o que dificulta o vínculo entre mãe e filho, e prejudica a capacidade de amamentação e de cuidados com o recém-nascido. Além disso, a depressão pós-parto pode interferir de maneira negativa no desenvolvimento social, afetivo e cognitivo da criança, gerando sequelas na infância e adolescência.

A depressão pós-parto pode interferir de maneira negativa no desenvolvimento social, afetivo e cognitivo da criança, gerando sequelas na infância e adolescência.

Só que a atenção a esse problema não pode acontecer somente depois que a doença aparece. De acordo com um artigo divulgado pelo site espanhol Hacer Família, a prevenção é fundamental para garantir o bem-estar emocional das gestantes, e algumas dicas apresentadas pelo Ministério da Saúde e pelo Instituto Europeu de Saúde Mental Perinatal ajudam nessa tarefa.

  1. Pratique atividades físicas regulamente
    Com orientação médica adequada, diversos exercícios podem ser realizados durante a gestação para trazer benefícios físicos, evitar o ganho excessivo de peso e reduzir a ansiedade e o estresse.
  2. Mantenha uma alimentação saudável
    Aumentar o consumo de frutas, verduras e de água durante a gestação estimula o bom desenvolvimento do bebê e também potencializa o bom-humor da gestante. Existem, inclusive, diversos alimentos que previnem a depressão nesta e em outras fases da vida, como peixe, ovo, leite, amendoim, castanha de caju, carne de frango, ervilha, amêndoa, abacate, couve-flor, batata e banana.
  3. Dedique tempo para você
    As preocupações geradas naturalmente pela gravidez costumam aumentar ainda mais o estresse da mulher em seu ambiente de trabalho e em casa. Por isso, é necessário equilibrar as atividades, pedir ajuda de amigos e familiares para realizar algumas tarefas do dia a dia e separar tempo para dormir bem e fazer o que gosta.
  4. Fique longe de cafeína, álcool e drogas
    A cafeína – presente no café e em produtos como chá preto, energéticos, refrigerantes e chocolates – estimula hormônios que causam o estresse, ansiedade, irritabilidade, insônia e tensão muscular, então devem ser evitados. Já o álcool e as drogas trazem diversos prejuízos à saúde de todas as pessoas, o que dirá então da mãe e do bebê. Sintomas de depressão após o efeito de euforia momentânea, e ainda causam dependência. Portanto, se afaste deles!
  5. Converse a respeito de suas preocupações
    Aproveite o tempo com sua família, amigas e com especialistas que a acompanhem no pré-natal, para falar de seus medos e dúvidas, pois essa assistência ajuda a lidar com incertezas, aprimorar habilidades pessoais e se relacionar melhor com o bebê.
  6. Participe de eventos e grupos de apoio para mães
    Outra dica importante é trocar experiências com mulheres que estejam passando pelos mesmos problemas e têm as mesmas dúvidas que você. Por isso, procure grupos de apoio e oficinas realizadas para gestantes de sua região, compartilhe suas preocupações e se prepare para a maternidade.
  7. Evite o isolamento
    Ainda que sua vontade seja a de ficar sozinha antes ou depois do nascimento do bebê, se esforce para estar próxima de outras pessoas. Além disso, se estiver preocupada com a depressão pós-parto, realize seu primeiro check-up pós-natal o mais breve possível e receba orientação médica adequada.
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