Além de ser uma distração durante a quarentena, a dança tem aproximado ainda mais o curitibano Leandro de seu filho Renan, de 7 anos.
Além de ser uma distração durante a quarentena, a dança tem aproximado ainda mais o curitibano Leandro de seu filho Renan, de 7 anos.| Foto: Reprodução/Youtube

A dança faz parte da vida de Leandro Bientinezi, de 35 anos, desde os tempos da adolescência. Mas, foi do ano passado para cá que começou a preencher, também, os dias do filho dele - Renan Casagrande Bientinezi, de 7. Um vídeo dos dois fazendo “passinhos” no melhor do estilo anos 80 “caiu” nas redes sociais e tem feito o maior sucesso: as visualizações já ultrapassaram 5,4 milhões, em poucos meses. Pelo que garante o pai, além de ser uma distração em tempos de isolamento social, a dança tem sido o jeito mais fácil de estarem próximos. “É um momento só nosso”, afirma.

As gravações (para os agora fãs de Renan) são feitas de forma simples na casa onde a família mora em Curitiba. Leandro conta que a primeira postagem foi feita por um amigo dele que se encantou com o talento do menino. “Eu gravava os nossos ensaios mais para ver se a sincronia dos passos estava boa. Às vezes mandava para grupos de amigos, para compartilhar com eles, mas nunca tinha pensado em postar. Realmente não esperava a visibilidade que estamos tendo”, diz.

Segundo Leandro, o filho sempre o acompanhou nos ensaios e apresentações do grupo que faz parte (o Euro Dance Curitiba) e já arriscava os primeiros passos ainda muito pequeno. “Ele sempre demonstrou interesse, mas até eu fiquei impressionado com a facilidade que ele tem para aprender os passos”, relata. No vídeo que fez mais sucesso na internet, Leandro e Renan aparecem dançando um trecho da música “Oh L’amour”, sucesso da dupla britânica Erashure, e a naturalidade com que Renan segue o pai chama mesmo a atenção.

Ligação

Mais do que lazer em família, o pai acredita que os preparativos para a gravação dos vídeos têm sido bons momentos de interação e conexão entre eles. “Sei que ele espera muito por isso e gosta do que estamos fazendo. São períodos que ficamos mais juntos, conversamos bastante, ouvimos um ao outro e podemos fortalecer a nossa relação”, assegura.

No futuro

O psicólogo Bruno Mader, do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, explica que essas soluções para construir parcerias dentro de casa - como fez Leandro - formam os espaços que as crianças precisam para se sentirem parte do núcleo social que é a família. “Isso vai fazer com que cresçam mais saudáveis (psicologicamente), resilientes, independentes, com boa autoestima e criativas, porque entendem o lugar que ocupam na vida dos adultos”, aponta.

Ainda segundo o especialista, essa presença pode ser confirmada tanto em brincadeiras lúdicas muito bem elaboradas, quanto em atividades simples do dia a dia. “Pode ser lavando a louça, fazendo um bolo, varrendo a casa ou vendo um desenho juntos. O importante é aproveitar o momento para ouvir a criança, se fazer presente e demonstrar interesse pelas coisas dela. Pode até ser que ela mais faça bagunça do que ajude, mas nesses casos não importa tanto o resultado e, sim, o processo”, conclui.

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