Errar tentando acertar é legítimo e pai algum quer machucar o filho propositalmente, afinal, somos todos humanos
Errar tentando acertar é legítimo e pai algum quer machucar o filho propositalmente, afinal, somos todos humanos| Foto: Migs Reyes/Pexels

Talvez a premissa de que “quem erra é porque está tentando acertar” nunca tenha feito tanto sentido na sua vida como quando você e seu cônjuge se tornaram pais. Perder o controle, gritar e julgar antecipadamente pode até ter se tornado parte da sua rotina com as crianças, mas os efeitos disso (lá na frente) podem ser difíceis de calcular e, quem sabe, impossíveis de corrigir.

Recentemente, aqui no Sempre Família, falamos sobre atitudes que os pais têm e que mesmo sem querer causam um impacto negativo nas crianças. É que a maneira como você expressa seus sentimentos ou alguma opinião em relação ao seu filho ou a algum comportamento dele, deixa marcas emocionais e influencia diretamente na maneira como ele se relacionará no presente e no futuro.

Saber, daqui a décadas, que seu filho guardou algumas falas e atitudes suas, e que isso moldou traços em sua personalidade para o lado negativo, é doloroso. E isso não quer dizer que vocês são ou foram pais ruins. Como dissemos no início, vocês erraram tentando acertar e isso é legítimo. São pessoas lidando com pessoas. Personalidades lidando com personalidades em formação.

Mas queremos ajudar você e seu cônjuge a observar algumas atitudes agora e quem sabe fazer essa caminhada diferente. Por isso, pare agora e veja esta lista com três passos que podem ajudar você a errar menos com seus filhos.

  1. Peça desculpas

    Seus filhos sabem quando você erra. Não dá simplesmente para seguir em frente e fingir que aquela resposta atravessada não aconteceu. As crianças precisam ver honestidade e integridade no seu comportamento – e isso significa pedir desculpas quando derrapar. Um pedido sincero de perdão pode mandar o orgulho embora, reparar as cicatrizes, renovar os sentimentos e ainda mostrar o quanto você os ama. Mas, lembre-se: culpa e vergonha nunca devem fazer parte de um momento como esse.
  2. Ache o gatilho

    Você precisa identificar, antes de tudo, quais são os gatilhos que fazem com que “pise na bola” com seus filhos. Podem ser aquelas atitudes equivocadas (como a mania de gritar e esbravejar), questões físicas (como cansaço e estresse) ou mesmo um padrão que você aprendeu na infância e vem repetindo desde então. Quando você conseguir isso, poderá eliminá-los ou substituí-los por comportamentos e respostas suaves e construtivas. 
  3. Tenha um conselheiro  

    Todos nós precisamos de uma pessoa em quem confiamos para nos mostrar quando erramos. Eleja alguém assim sua vida! Pode ser um amigo, seu pai, sua mãe ou mesmo seu cônjuge. Essa responsabilização (com afeto) fortalece o nosso entendimento e alimenta a real vontade de mudar. Ache alguém que o ajude, o encoraje e, acima de tudo, não tenha medo de ser sincero com você.
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