Um carpinteiro que vive em Lemoore, na Califórnia, está fabricando escrivaninhas para crianças da comunidade que estudam em escolas públicas e, assim como os filhos dele, estão acompanhando aulas online desde o início da pandemia. Pai de quatro filhos, certa noite ao se sentar para o jantar Mitchell Couch, de 44 anos, se viu em meio a uma bagunça de livros e cadernos e assim nasceu a ideia das mesas.
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É que dois de seus quatro filhos tomaram conta da mesa da cozinha para estudar. Em entrevista ao TODAY Parents ele contou que as crianças se atrapalhavam durante os estudos e não conseguiam se concentrar corretamente, porque os livros ficavam espalhados. Por isso ele resolveu montar uma mesinha para cada uma delas, em que pudessem estudar e guardar o material escolar depois das aulas. “Logo minha esposa e eu notamos que eles ficaram mais atentos ao conteúdo”, afirmou.
Pensando em outras famílias que deveriam estar na mesma situação, Mitchell decidiu publicar um vídeo na internet explicando como construir uma escrivaninha como a que ele tinha feito, gastando pouco.
O vídeo fez tanto sucesso que uma rede de supermercados entrou em contato para saber se ele poderia fazer as mesas de graça caso a matéria prima fosse doada. Ele aceitou na hora. Desde então o carpinteiro já fez 40 delas e espera entregar mais 50 nos próximos dias. “Recebo milhares de mensagens pedindo pelas mesinhas”, disse ele. Além disso, Couch organizou uma vaquinha virtual para poder produzir e entregar mais mesinhas, sem qualquer custo, às famílias.
Melhor condição para o aprendizado
Couch conta que no início do ano havia ouvido dos professores da escola de seus filhos, que era importante que os alunos tivessem um ambiente próprio para estudar, para facilitar a compreensão das aulas online. "Com a escrivaninha é mais fácil separar a vida escolar e a vida familiar. Quando a aula termina é só deixar a mesinha de lado e sentar-se à mesa com os pais", disse o carpinteiro à CNN.
E os professores e também pais têm mandado mensagens de agradecimento a Couch pela ideia. Segundo ele, ainda à CNN, isso o mantém disposto a continuar nesse trabalho. "Se eu puder superar a pandemia com um pouco de madeira e pregos é isso que farei".