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Ler em voz alta para os filhos pequenos – mesmo antes de eles entenderem o que se passa – melhora a memória e a inteligência dos bebês e traz até benefícios para a cognição dos pais. É o que constatou um estudo brasileiro publicado em janeiro no Pediatrics, o periódico da Associação Americana de Pediatria (AAP).

Para chegar à conclusão, os pesquisadores – da Universidade de São Paulo e do Instituto Alfa e Beto, de Brasília – testaram um programa de incentivo à leitura com crianças de 2 a 4 anos e seus pais. 566 famílias de baixa renda participaram da pesquisa, divididas em dois grupos, sendo que um recebeu livros e instruções periódicas sobre o assunto e o outro seguiu com as atividades normais do cotidiano.

Ao comparar os integrantes depois de nove meses de intervenção, os cientistas descobriram que as crianças que liam com os pais se saíam muito melhor em uma série de testes. E as benesses se estendiam para toda a família.

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Por exemplo, a cognição dos pais melhorou, assim como a dos pequenos, que também apresentaram memória de trabalho, vocabulário e coeficiente de inteligência (QI) maiores do que os encontrados no grupo que não leu. Até mesmo a qualidade das interações entre pais e filhos melhorou – enquanto as punições físicas diminuíram.

O estudo se junta a outros esforços da entidade norte-americana para promover hábitos que auxiliem na formação da mente das crianças. Segundo a AAP, são mais de 200 milhões de pequenos no mundo que não atingem seu potencial máximo de desenvolvimento, e programas de incentivo à leitura como o testado no estudo podem ajudar a reverter este quadro com um baixo custo.

Na prática

Veja algumas dicas da AAP para começar a ler com seu filho logo no início da vida:

No primeiro ano de vida, a ideia é fazer o filho se acostumar e pegar gosto pelos livros. Assim que ele sentar no colo confortavelmente, por volta dos seis meses, comece a mostrar figuras e explicar o que está acontecendo nas páginas. Bater, morder e agarrar o livro são sinais de que ele está gostando, por isso tenha paciência. E prefira livros resistentes.

Entre 1 e 2 anos, a leitura deve virar rotina. Diariamente leia histórias e pergunte onde está determinado objeto na página e outras questões simples sobre o livro, mas não espere atenção por grandes períodos. A qualidade do tempo importa mais do que a quantidade.

Entre 2 e 3 anos, crianças amam rotina. Então não estranhe se o pequeno não quiser ler um livro novo e preferir repetir a mesma história mil vezes. Se o hábito se estabelecer, há uma grande chance de se firmar para o resto da vida.

Com informações de Bebe.com.br.

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