As tradições de Natal são um ritual necessário à sociedade e, especialmente neste ano, ganham uma importância ainda maior.
As tradições de Natal são um ritual necessário à sociedade e, especialmente neste ano, ganham uma importância ainda maior.| Foto: Unsplash/Chad Madden

Uma das datas mais esperadas do ano está chegando e, infelizmente, a pandemia do novo coronavírus não passou. Celebrar o Natal é uma tradição em que a união familiar fica em evidência e, com o agravamento da situação e o alto número de casos de Covid-19, muita gente está pensando em alternativas para não deixar de se comemorar um dia tão significativo.

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A psicóloga Cláudia C. S. Bach esclarece que essa tradição é um ritual necessário à sociedade e que, especialmente neste momento, ganha uma importância ainda maior. “O Natal por si só tem essa ideia de recomeço, de fechar um ciclo e começar outro, e vai trazer um fiozinho de esperança”, afirma.

Reinventar é a palavra. Apesar de tradicional, o Natal permite – e até exige esse ano – a criação de um novo ritual, que também pode ser algo prazeroso. Angelita Divino, instrutora de yoga e terapeuta integrativa, é fã incondicional da data. Desde que se mudou para a casa em que mora, todo ano a família inteira se reúne para a ceia na casa dela. “Sempre foi o meu sonho uma casa maior porque eu amo o Natal”, revela Angelita.

Alternativas

Só que dessa vez não vai dar para reunir todo mundo. Para diminuir os riscos, na noite do dia 24 somente a sogra irá ao jantar e, no almoço do dia 25, o pai dela será o convidado. E para ser lembrada na reunião dos outros parentes, a família pensou em uma alternativa. A ideia é mandar um bolo de Natal para cada uma das casas das pessoas que, esse ano, não poderão estar presentes. E para as crianças, um pacotinho de bolachas, além de uma lembrancinha que elas já colocaram na listinha do Papai Noel.

Outra ideia é, pouco antes da meia noite, fazer a oração que sempre é feita na casa dela, com um aplicativo de vídeo, de forma que todos possam participar, em tempo real. “Cada família se organiza e acessa do celular ou computador, pega a imagem de todo mundo, faz um brinde e a oração”, imagina a terapeuta.

O empresário Guilherme Garcia também vai adotar a vídeo chamada. A mãe dele mora no Rio de Janeiro e já avisou que não quer arriscar uma reunião com o filho que mora longe. Guilherme decidiu que vai cozinhar na véspera do Natal e doar o alimento para moradores de rua. O encontro com a família será virtual, apenas pelo celular. “Achei que precisava fazer alguma coisa por alguém dessa vez. Não vou deixar de aproveitar a refeição da ceia, mas não adianta fazer um monte de comida natalina só pra mim, então vou ajudar quem precisa mais”, conta ele.

Sem deixar de celebrar

O que não pode, de acordo com a Cláudia, é deixar a data passar em branco. “A pandemia já tirou demais, enlutou de forma terrível. Não podemos deixar esse espírito natalino ficar prejudicado também”, recomenda a psicóloga. “Já que 2020 nos impôs tantas experiências diferentes, podemos inovar também nesse momento”, completa.

Mandar flores para alguém ou uma caixa de bombom e até uma simples ligação ganharam um significado ainda mais profundo no final deste ano. Por isso Angelita não hesita em dizer: “O mais simples se tornou ainda mais belo, ainda mais gratificante, mais precioso”.

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