A primeira coisa que a gente precisa entender é que nosso fluxo de despesa e de renda não avançam na mesma proporção.
A primeira coisa que a gente precisa entender é que nosso fluxo de despesa e de renda não avançam na mesma proporção.| Foto: Bigstock

Entra ano, sai ano e tem gente que toda vez é pega de surpresa pelos boletos de impostos estaduais e municipais que batem à nossa porta. Mas é que, nesta época, é comum que o orçamento ainda esteja comprometido com as festas de fim de ano, temporada de férias em família, sem falar das outras despesas tradicionais como o material escolar e uniforme das crianças. Pensando nisso, fomos ouvir um especialista para te ajudar a começar 2021 com as finanças da casa em dia.

Siga o Sempre Família no Instagram!

Para o economista e reitor da Universidade Positivo, José Pio Martins, a primeira coisa que a gente precisa entender é que nosso fluxo de despesa e de renda não avançam na mesma proporção. “Eu costumo dizer que a despesa de cada membro da família é regular e constante desde que nasce até quando morre. Já a renda não é assim. Em algum momento alguém da casa fica desempregado, fica doente, tem que se aposentar. Por isso, a importância de se gastar menos do que se ganha e de ter uma reserva para as emergências”, defende.

O professor também explica que a distribuição dos gastos não é regular ao longo do ano e que em alguns meses (como janeiro e fevereiro) a corda aperta mais – em especial se considerarmos que estamos vindo de um ano pandêmico em que muita gente perdeu a renda e ainda não se recuperou por completo. “É hora de sentar, conversar, organizar as finanças pessoais, fazer um orçamento, botar tudo no papel, calcular e tomar precauções antes de chegar o vencimento das contas”, orienta.

Segundo Pio Martins, planejar e se antecipar são as palavras de ordem. “Planejamento significa prever para prover soluções”, diz ele citando o exemplo de uma família que, ao se programar com antecedência, consegue achar mais formas de quitar a conta, como trocar o carro por um mais barato, negociar a dívida, ou decidir com calma de onde aquela quantia pode sair.

Boletos

Com relação aos tradicionais impostos de início de ano, como Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e Imposto sobre a propriedade de Veículos Automotores (IPVA), a dica do professor é optar pelo pagamento à vista (quando possível). “Isso porque, geralmente, o desconto oferecido supera a taxa de juros embutida no parcelamento”, justifica. Já sobre o material escolar das crianças, a sugestão é, primeiro, ver se não há itens do ano passado que podem ser aproveitados, pesquisar bastante antes de comprar e procurar lojas que ofereçam condições mais atrativas (como descontos no pagamento à vista e parcelamento sem juros).

Deixe sua opinião