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O uso excessivo das diversas telas é cada vez mais comum nos lares e nas escolas. E colocar limites à utilização desses dispositivos, pelas crianças, tem se transformado em um grande desafio para pais e educadores. Isso porque, boa parte das crianças são expostas à tecnologia desde muito cedo, pelos próprio pais, no intuito de que elas fiquem ocupadas enquanto os pais realizam outras atividades. O problema é que esses pais estão criando um outro problema: a falta de atenção.

Segundo a American Pediatric Society, nos primeiros anos de vida, as crianças deveriam ter apenas exposição esporádica a telas em casa e na escola.  Quando elas são têm acesso fácil às várias telas desde muito cedo, um dos resultados mais claros, em termos gerais, é a maior distração. Essa mudança de comportamento já costuma atrapalhar o ritmo normal da rotina de um adulto, e em uma criança é muito pior.

O vídeo que comove as redes: passa-se mais tempo olhando para telas do que com quem se ama

Se para os adultos distinguir ficção de realidade é fácil, para as crianças que estão descobrindo o mundo é um exercício mais difícil, por isso elas não devem ser confundidas, distraídas ou interrompidas durante essa fase da vida.  Quanto mais tempo elas ficarem conectadas, mais afetadas serão por esses meios. Com essa era da distração, a atenção, aliás, é a palavra-chave para a solução desse fenômeno.

Para ajudar os filhos a controlarem sua atenção, especialistas dizem que os pais podem mudar alguns hábitos como: limitar o acesso das crianças às telas enquanto estão em casa ou  incentivar atividades que promovam a reflexão e silêncio, como por exemplo, a leitura ou algum jogo de tabuleiro. Abaixo elencamos mais alguns pontos a serem considerados pelos pais, e que podem ser essenciais nessa batalha contra a distração:

1. É papel dos pais preservar a natureza cognitiva de seus filhos. Os pais devem ser modelos de uma vida vivida com consciência, reflexão e foco;

2. Essa era de distração está interferindo no processo de aprendizado das crianças, mesmo nos primeiros anos de escolaridade, especialmente se os pais não estão garantindo que seu acesso às telas seja devidamente regulado;

3. A American Pediatric Society diz que nos primeiros anos de vida as crianças deveriam ter apenas exposição esporádica a telas em casa e na escola;

4. O tempo para as crianças explorarem a internet virá quando aprenderem a falar fluentemente, a escrever com uma mão bem treinada e a ler em uma casa bem abastecida de livros. Também, quando eles tiveram tempo suficiente para aprender como aproveitar a vida real, fazer amigos de verdade, andar de bicicleta, praticar esportes e desfrutar da natureza;

5. Em condições normais, as crianças absorvem a realidade ao seu redor e se concentram nela, maravilhadas com suas possibilidades. As crianças vão naturalmente voltar sua atenção para a manipulação de objetos amplamente variados com uma atitude quase contemplativa, e é aí que elas realmente aprendem;

6. É importante criar um ambiente que possibilite essa possibilidade de maior atenção. Entre as condições necessárias, deve-se fornecer o silêncio; um ambiente estimulante, sem escorregar para a superestimulação; liberdade; e por último, calma (as crianças não devem se sentir apressadas). Nestas condições, a capacidade de pensar e de memória das crianças trabalham em conjunto;

7. As crianças, especialmente até os seis anos de idade, estão descobrindo o mundo, que constantemente as surpreende e as enche de admiração com o incrível mundo que as cerca. Este processo é um tesouro que não deve ser perdido;

8. Essa interação que enche os dias das crianças com aprendizado e admiração pode ser impedida quando esta relação entre a criança e a natureza é interrompida; especialmente quando sua interação com a realidade é acelerada através de imagens em telas que apresentam uma versão editada, selecionada e fragmentada da realidade;

9. É muito fácil para um telefone celular ou um tablet achatar informações sobre a realidade de três dimensões para duas. Uma televisão, com o ritmo de suas imagens, pode prejudicar a compreensão de que a vida real passa em um ritmo mais lento. Dessa forma, as crianças são progressivamente separadas da própria realidade para se concentrar em uma versão mais brilhante e mais divertida, porém bidimensional, do mundo;

10. E, por fim, ninguém está negando as imensas possibilidades da revolução digital, de smartphones e tablets, o que deve ser analisado é a necessidade de se encontrar um equilíbrio delicado.

 

Com informações de Aleteia.org

 

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