Obianuju Ekeocha (foto: reprodução/YouTube).
Obianuju Ekeocha (foto: reprodução/YouTube).| Foto:

As nações ricas do Ocidente que investem pesado na promoção de abortos nos países africanos se comportam como “antigos senhores coloniais”. Quem diz é a cientista biomédica nigeriana Obianuju Ekeocha, fundadora do grupo Culture of Life Africa, com sede no Reino Unido.

“Em todo o meu trabalho com os países africanos, não conheço nenhum que esteja gritando: ‘Ajudem-nos com esta crise do aborto’”, diz a cientista ao site Catholic News Service. “Ainda assim, muitos países ocidentais, num espírito de supremacia cultural, estão tratando de impor o aborto dessa maneira”.

“As pesquisas mostram de maneira avassaladora que os africanos têm repulsa pelo aborto. Ignorar a vontade do povo é cuspir na cara da democracia que se supõe que temos nos países africanos”, diz Ekeocha.

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“É preciso se voltar para a atenção integral à pessoa, em que se pensa nos africanos não como pessoas que podem ser colonizadas culturalmente e às quais se podem impor novas visões e valores, mas como pessoas que têm seus próprios pontos de vista e valores”, defende ela.

“O que os africanos querem mais do que tudo é que as mulheres possam dar à luz com segurança”, diz. “Em muitos desses países elas não têm acesso sequer à atenção sanitária mais básica”.

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A cientista, que vive na Inglaterra desde 2006, critica o governo britânico por organizar uma cúpula internacional de planejamento familiar, junto com a Fundação Bill & Melinda Gates e o Fundo de População dos Estados Unidos, que se realizou em Londres no último dia 11 de julho, com o objetivo de promover o compromisso global de “garantir que as mulheres e garotas tenham acesso a serviços de planejamento familia”.

Melinda Gates disse na cúpula que está “profundamente preocupada” com a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de cortar o financiamento público de ONGs que promovem o aborto no exterior.

Com a decisão de Trump, o Canadá se colocou na dianteira da promoção do aborto pelo mundo, segundo Ekeocha, que chama o país de “senhor colonial número 1 no mundo”.

 

Com informações de Catholic News Service.

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