35 anos depois, avô conhece neta levada pelo pai após morte da mãe no parto
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Uma mulher de 35 anos que nunca tinha conhecido seus parentes maternos finalmente encontrou a família. A mãe de Ana Lúcia Silva de Almeida morreu no parto e o pai sumiu com a então recém-nascida, deixando a outra filha, que foi criada pelo avô e por outros parentes da mãe. A história foi contada pela TV Morena, emissora regional do Mato Grosso do Sul.

Agora, Ana Lúcia, que mora no Maranhão, conheceu o avô, João Graciano, de 94 anos, e a irmã, Silvinha Paula de Jesus Carvalho, além de outros familiares, que moram em Campo Grande. “Seja bem-vinda, minha irmã. Você não está só no mundo”, disse Silvinha a Ana Lúcia.

Os pais de Ana Lúcia e Silvinha moravam no Pará quando a recém-nascida foi tirada do convívio com os parentes maternos. Silvinha recorda. “Quando ela nasceu e a minha mãe faleceu, eu vim embora para Mato Grosso do Sul e ela ficou com o pai dela. Aí o pai dela faleceu e a madrasta também, então, ela ficou só”, lembra.

Além da solidão, também havia a angústia de não saber onde estava parte da família. “Eu nunca tive contato nem com meu avô nem com ninguém da família. Era meu sonho encontrar minha família e hoje estou tendo esse privilégio de conhecer minha irmã, meu avô”, contou.

João Graciano não tinha mais esperanças de conhecer a neta. “Eu estava achando que ia morrer sem conhecê-la. Graças a Deus ela veio para onde eu estou”, disse, emocionado.

Procura

A procura por Ana Lúcia começou há cinco anos, no interior do Maranhão. Jânio Ricardo Alves Aranha, marido de Silvinha, ajudou. “A gente tinha o ponto inicial, o endereço de uma aldeia indígena, onde ela tinha estudado. Levantei nome, pessoas que conheciam e saí no rastro”, explicou.

Jânio foi de Campo Grande para o Maranhão de carro sozinho e voltou com a cunhada e os filhos dela. Segundo ele, foram 15 dias naquele estado à procura de Ana Lúcia.

Para Ana Lúcia, a família cresceu rápido depois. Ela ganhou irmã, tia, sobrinhos e avô. “Daqui para frente eu não quero perder o contato com eles nunca mais. É muito ruim viver num mundo sem ninguém”, finalizou.

Assista à reportagem da TV Morena sobre a história.

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