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O Haiti continua a ser um país necessitado, seis anos depois do devastador terremoto, como mostra o testemunho de várias crianças que lamentam que a ajuda continua sem chegar à população mais vulnerável e sem atenuar as graves carências em setores chave para o desenvolvimento do país mais pobre das Américas.

De acordo com reportagem do jornal espanhol ABC, a Asociación Audiovisual Educar desde la Infancia gravou testemunhos de crianças e adolescentes falando sobre o estado atual do país. O terremoto que dividiu a história do país causou cerca de 300 mil mortes e incontáveis prejuízos materiais.

Intitulado “Me llamo Haití, bienvenidos”, o documentário reúne cinco anos de gravações na cidade de Jacmel. O jornal informa que vários trechos do filme mostram crianças e adolescentes questionando onde foram parar os fundos prometidos por vários governos e organismos internacionais. Numa das cenas é mostrada a situação precária da escola em que estudam, suja e semidestruída.

“Há países que estão colaborando com o Haiti, mas a ajuda nunca chega ao povo, desaparece no caminho”, diz um dos jovens ouvidos, que diz suspeitar que o governo “pega para ele”.

Uma das meninas que participou da gravação reconhece que, ainda que “existam países que ajudam”, essa colaboração “não é suficiente”, pois “muitas pessoas vivem em casas destruídas”.

Documentário

A reportagem do ABC diz que o projeto nasceu inicialmente como um curta-metragem e cresceu no mesmo ritmo que os seus protagonistas. Lovna, Jivenson, Mylove, Stanely, Jefthe e Caturcia, entre outros, passaram de crianças inocentes a adolescentes desiludidos, como consta em uma nota da ONG. Com o passar do tempo, se tornaram mais críticos sobre as promessas não cumpridas e entenderam a importância de comunicar a sua “impotência” ao mundo.

Assista ao teaser do documentário:

 

 

Com informações de ABC.

Colaborou Felipe Koller.

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