Em nota técnica enviada para estados e municípios, Ministério da Saúde inclui todas as gestantes como prioritárias para a vacinação
Em nota técnica enviada para estados e municípios, Ministério da Saúde inclui todas as gestantes como prioritárias para a vacinação| Foto: Bigstock

Todas as gestantes, com comorbidades ou não, estão incluídas no grupo de prioritários para a vacinação contra a Covid-19. A mudança foi apresentada em uma nota técnica enviada pelo Ministério da Saúde a estados e municípios na última segunda-feira (26) e divulgada nesta terça-feira (27) pelo Programa Nacional de Imunização, de acordo com informações da Agência Brasil.

Até então, a orientação indicava apenas a vacinação das gestantes que tivessem o diagnóstico de alguma comorbidade listada no plano nacional de imunização, ou que se encaixassem em outros grupos, como profissionais de saúde, depois de avaliados os riscos e benefícios com seus médicos. Apesar da inclusão desse novo grupo, as gestantes com comorbidades devem ser vacinadas primeiro, em uma fase inicial e, as demais, em um segundo momento.

Na próxima etapa da vacinação contra a Covid-19 no país, serão contemplados, em uma primeira fase, de acordo com a quantidade de vacinas disponíveis:

  • Pessoas com síndrome de Down, seja qual for a idade;
  • Pessoas com doença renal crônica em terapia de substituição renal, ou diálise, seja qual for a idade;
  • Gestantes e puérperas com comorbidades, seja qual for a idade;
  • Pessoas com comorbidades de 55 a 59 anos;
  • Pessoas com Deficiência Permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 55 a 59 anos;

Em uma segunda fase, de acordo com as faixas de idade de 50 a 54 anos; 45 a 49 anos; 40 a 44 anos; 30 a 39 anos e 18 a 29 anos:

  • Pessoas com comorbidades;
  • Pessoas com Deficiência Permanente cadastradas no BPC;
  • Gestantes e puérperas, independentemente das condições pré-existentes.

De acordo com Franciele Francinato, coordenadora do PNI, a vacinação deve começar a partir do dia 13 de maio. "Nossa indicação é que, nesse momento, vamos alterar um pouco a recomendação da OMS [Organização Mundial de Saúde] que hoje indica a vacinação, de acordo com o custo x benefício. Mas, hoje, o risco de não vacinar gestantes no país já justifica a inclusão desse grupo para se tornar um grupo de vacinação nesse momento", disse a coordenadora à Agência Brasil.

Com relação às puérperas - período que vai do nascimento do bebê até 45 a 60 dias após o parto - e lactantes, a orientação é que não interrompam o aleitamento materno.

Qualquer vacina que estiver disponível poderá ser aplicada e, no caso das mulheres que tomaram a vacina contra a gripe, deve-se esperar um intervalo de 14 dias para, então, receber o imunizante contra a Covid-19.

Documentos para as gestantes

Gestantes com comorbidades deverão comprovar a condição de risco por meio de exames, receitas, relatórios médicos, prescrições médicas, etc. Poderão ser usados os cadastros existentes nas Unidades de Saúde.

Segundo a nota, a vacinação poderá ocorrer seja qual for a idade gestacional. Além disso, o teste de gravidez não deve ser um pré-requisito.

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