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Em 1997 o Brasil acolheu o mesmo evento para o qual o papa Francisco se dirige neste fim de semana (26 e 27/09), na Filadélfia, Estados Unidos. Naquela ocasião, quem movimentou multidões para exaltar e discutir a família foi João Paulo II, em sua terceira visita ao país. Embora o nome “visita do papa” tenda a ser mais lembrado do que Encontro Mundial das Famílias (EMF), desde aquela época o evento cresceu em importância e dimensões, edição após edição, do mesmo modo como ocorre com a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), encontro internacional também promovido pela Santa Sé, que reuniu cerca 3,5 milhões de peregrinos no Rio de Janeiro, em 2013.

O pontífice polonês, aliás, foi o criador de ambos os encontros e deixou como herança aos seus sucessores o desafio de falar às numerosas e heterogêneas multidões de fiéis, em várias partes do mundo. O encontro destinado aos jovens veio antes, foi criado em 1985. Seu sucesso ao longo dos anos pode ter motivado a primeira edição do EMF, realizada em Roma, em 1994. Desde então, a cada três anos, alguma diocese do mundo fica encarregada de sediar o encontro, sob coordenação do Pontifício Conselho para as Famílias.

Números

Chegando à sua oitava edição, o EMF que a cidade da Filadélfia receberá já é o maior da história. O número de inscritos para o congresso que antecede a chegada do papa, iniciado nesta terça-feira, foi de 16 mil pessoas, provenientes de 103 países, o dobro do registrado na edição de 2012, em Milão, Itália. A expectativa da arquidiocese da Filadélfia para o fim de semana, quando Francisco enfim estará na cidade, é de 1,5 milhões.

Para atender a toda essa intensa demanda um batalhão de 10 mil voluntários falantes de diversos idiomas se apresentou para o serviço, o que garante a prestação de serviços médicos, assistência às crianças e pessoas com mobilidade reduzida. A movimentação da mídia internacional em torno do evento também bateu recorde. Ao todo, 8 mil jornalistas foram credenciados para fazer uso da sala de imprensa durante o EMF.

Programação

Crédito: Bigstock. O ator Mark Wahlberg. Crédito: Bigstock.

Embora o encontro do papa Francisco com as famílias seja o momento mais esperado, ele é apenas parte do EMF. Desde o dia 22, os peregrinos que chegaram à Filadélfia acompanham palestras, pregações, testemunhos e exposições. No Pennsylvania Convention Center, espaço local que recebe a maior parte das atrações do evento, estão montados 450 estandes de editoras, universidades, escolas e associações de família que divulgam seus trabalhos aos visitantes.

Nem tudo, entretanto, está limitado pelas paredes do Centro de Congressos. Uma das atrações mais comentadas é o enorme grafite desenhado pelo mexicano César Viveros, que vive na cidade há 15 anos. A obra, pintada com a ajuda de 3 mil pessoas, entre maio e agosto deste ano, tem 372 m² e mostra o papa com uma criança nos braços, rodeado de pais e mães com seus filhos, além de flores e vinhas. A imagem mostra ainda o abraço de uma idosa com duas crianças. Uma afro-americana e uma menina com síndrome de Down.

A apresentação de parte do acervo dos museus do Vaticano, no Franklin Institute, também chama a atenção. Estão expostas obras de Michelangelo, Bernini, Giotto e Guercino e objetos do século I.

A arte também terá espaço na noite de sábado, já com a presença do papa, quando Aretha Franklin, ícone da música soul nos Estados Unidos, o tenor italiano Andrea Bocelli, e vários outros artistas internacionais se apresentarão para a multidão que assistirá ao Festival das Famílias. O concerto realizado ao ar livre será apresentado pelo ator Mark Wahlberg (foto), astro de filmes como Os Infiltrados e Transformers: A Era da Extinção.

O evento termina no domingo, 27 de setembro, com a missa de encerramento celebrada pelo papa Francisco.

 

Confira o vídeo institucional a respeito do evento:

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