Se você tem filhos adolescentes ou que já chegaram aos 18 anos precisa estar preparado para uma situação que, mais cedo ou mais tarde, vai acontecer. Com o tempo, os passeios em família vão perdendo a graça para eles e é normal que, em algum momento da vida, queiram viajar só com os amigos e sem adultos por perto.
Educar exige liberdade e autoridade, mas qual o limite e diferença entre eles?
Em entrevista ao Hacer Família, a psicóloga Ana Jiménez diz que muitos pais ficam preocupados com a segurança dos filhos longe deles e o que estarão fazendo sem um adulto por perto – isso é normal. Ela indica, no entanto, que os pais aproveitem essa oportunidade para testarem se o filho aprendeu, ou não, o que ensinaram a ele ao longo da vida.
“Nessa situação, é aconselhável deixar de lado as atitudes superprotetoras e optar por testar a educação que as crianças receberam em casa”, aponta. “Pela primeira vez eles serão responsáveis por suas ações e é essa auto-responsabilidade que marca a transição da adolescência para a idade adulta, essencial para o jovem enfrentar, com certas garantias de sucesso, a mudança para a universidade ou o mercado de trabalho”.
Ao permitirem que os filhos viajem sozinhos, os pais demonstram que confiam neles, em sua maturidade e comportamento como adultos. Ana descreve essa viagem como o “fechamento de uma parte importante da vida dos adolescentes e abertura de um futuro que, às vezes, gera grande incerteza”. Por isso, é importante que eles sintam apoio, apesar do fato de que a primeira reação familiar geralmente é a negação.
Além disso, a experiência de estar em uma viagem onde precisarão decidir uma diversidade de coisas sozinhos, poderá ajudar seu filho com outras questões para o desenvolvimento dele na vida adulta:
Aprender a concordar
A viagem será com amigos e isso implica em um grupo de pessoas que precisam concordar. Datas de voo, destinos, acomodações, passeios e rotas são as principais questões a serem discutidas. Com isso, seu filho aprenderá a respeitar as decisões dos outros, dando abertura a diálogo e tendo a oportunidade de expressar suas opiniões e preferências.
Educação financeira
Comprar passagens, cotar hotéis, calcular os custos com alimentação e administrar o dinheiro que levaram para gastar pode ser uma boa lição para eles. Dessa forma, vão descobrir o custo de vida e aprender a valorizar o que eles tinham desde então.
Planejamento
Outro ponto importante é ajudá-.los a se preparar para a viagem, inclusive financeiramente. Com antecedência, eles podem fazer trabalhos remunerados que ajudem a aumentar o orçamento para o passeio, por exemplo.
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