Os impactos da puberdade, que é a transição entre a infância para a vida adulta podem ser complexos.
Os impactos da puberdade, que é a transição entre a infância para a vida adulta podem ser complexos.| Foto: Bigstock

A pré-adolescência traz consigo uma série de questionamentos e desafios, principalmente com o início da puberdade. Nesse período, o corpo das crianças começa a se desenvolver, pelos surgem em novos locais e acontece a menarca, primeira menstruação.

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Para muitas meninas, os impactos na transição entre a infância e a vida adulta podem ser traumáticos, já que desconhecem o funcionamento do próprio corpo e não buscam ajuda por iniciativa própria. Por isso, o apoio dos pais é imprescindível, principalmente como suporte para o novo momento de suas vidas.

Shannon Whitmore, em um artigo para o site norte-americano iMom, sugeriu algumas dicas para as mães auxiliarem suas filhas, atenuando as mudanças trazidas pela adolescência e melhorando a experiência do início da puberdade.

  1. Ajude-a a entender o que é o ciclo menstrual

    Como aliviar as cólicas menstruais? Qual absorvente é melhor para segurar o fluxo? Essas são dúvidas que podem parecer simples, mas para quem nunca as enfrentou pode ser um bicho de sete cabeças. Porém, não pare por aí.

    Ensinar as meninas, antes mesmo de começarem a ter um ciclo menstrual, sobre o funcionamento interno e externo do organismo, bem como o propósito da menstruação e suas fases é uma oportunidade de ensinar sobre a beleza do corpo humano e o modo de criação de novas vidas, deixando a confortável com as mudanças que enfrentará.

    “Eu não aprendi como meu ciclo realmente funcionava até meus vinte e poucos anos, e noiva. Se eu soubesse as diferentes fases, poderia ter me salvado de inúmeras ‘surpresas’ iniciais e absorventes desperdiçados quando minha menstruação chegou atrasada”, conta Shannon.

    Ultrapassar o tabu criado pelas pessoas e conversar de forma confortável com a filha sobre o ciclo menstrual, auxiliará na orientação e apoio quando a jovem precisar. Além disso, preparar os pais para o assunto, contribui para que eles passem naturalidade e segurança às suas filhas.
  2. Não esconda seu corpo

    O corpo dos adolescentes sofre uma grande mudança durante a puberdade. Tanto meninas, como meninos. E com a puberdade, os jovens carregam uma série de perguntas. Então, não se esconda quando elas aparecerem.

    “Quando lhe perguntarem por que você tem cabelo em certos lugares, por que se depila, por que usa desodorante ou por que precisa de absorventes, não deixe de dar respostas simples e honestas”, orienta Shannon.

    Normalizar as alterações no corpo, como o crescimento de pelos e a menstruação, com explicações adequadas para cada idade, reduz a chance de possível timidez ou vergonha quando suas filhas começarem a visualizar tais mudanças. E, caso sejam acometidas pela puberdade precoce, já estarão prontas.
  3. Alterações de humor são inevitáveis para as mulheres

    A puberdade da adolescente pode coincidir com a menopausa da mãe. Assim, ambas podem estar sofrendo com mudanças de humor e alterações dos hormônios, acalorando um pouco as conversas e discussões.

    E, se ainda não chegou nesse momento, lembre-se que você também enfrentou a puberdade e precisou que as pessoas ao seu redor fossem pacientes e acolhedoras.
  4. Providencie produtos de higiene

    Menstruar é natural, carregar um absorvente na bolsa ou utilizar uma bolsa de água quente é ainda mais normal. Além disso, o suor começa a ter um odor mais característico e, com o desenvolvimento do corpo, a menina pode desejar utilizar sutiãs de sustentação.

    Porém, é comum encontrarmos jovens que não têm boa relação com o período da puberdade, por não saberem lidar com as mudanças no seu corpo, inclusive, escondendo qualquer rastro que possa sugerir estar “naqueles dias”.

    Muitas vezes a timidez pode se tornar uma barreira para uma adolescente, evitando pedir absorventes, sutiãs ou até mesmo desodorante para própria mãe. Por isso, se antecipe às necessidades dela e deixe a sua disposição tais objetos, certificando-se que ela saiba como usá-los, sem submetê-la a qualquer situação embaraçosa para orientá-la.
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