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Por Cintia Becker, psicóloga. E-mail: psicologia.bk@hotmail.com

Estar bem com as pessoas, ter amigos verdadeiros, encontrar o amor de sua vida são os principais anseios da maioria das pessoas. Em pelo menos algum momento de nossas vidas, queremos um “ombro amigo”, “um cobertor de orelha”. A questão é: se todos buscam relacionamentos, por que é tão difícil mantê-los?  A cada dia mais e mais pessoas encontram-se solitárias e deprimidas, os índices de divórcio só aumentam e os casamentos duram cada vez menos.

O desejo de apaixonar-se, de amar alguém, a princípio, é um ato puramente egoísta para suprir a necessidade de se sentir amado, porém, esse comportamento pode conduzir o relacionamento ao fracasso. Um relacionamento longo, verdadeiro e feliz vai muito além daquilo que sentimos, é algo que decidimos. Amar é uma decisão!

Diariamente é necessário investir um pouco de nós para o outro, doar-nos, para que, apesar de todos os pesares, de todas as falhas e manias, ele saiba que é amado, pois os relacionamentos duradouros são aqueles no qual o casal tem a certeza do seu amor. Muitos passam uma vida toda buscando ser notado, amado, sem perceber que a verdade está no sentido inverso. É preciso primeiramente satisfazer a necessidade de amor do outro, abrindo mão do impulso egoísta de se sentir amado, quebrando assim um paradigma no qual saímos do centro de tudo e colocamos o outro, pois isso sim é que é amar!

Vale questionar por que muitos relacionamentos não dão certo apesar de tantos esforços em demonstrar amor. Gary Chapman, em seu livro “As cinco linguagens do amor”, relata que o insucesso dos relacionamentos, em grande parte, dá-se porque as pessoas tentam demonstrar amor de acordo com sua maneira e não conforme as necessidades do seu companheiro(a), havendo uma falha, pois o amor demostrado não é reconhecido por seu receptor. Por mais que alguém se esforce em demonstrar amor, se não souber quais são os desejos e as necessidades da pessoa amada, sua tentativa será em vão.

Baseado nas diferentes necessidades, o autor identificou 5 linguagens do amor:

1.ª Linguagem – Palavras de afirmação: consiste em afirmar aquilo que o outro tem de bom (elogios). Algumas pessoas possuem uma necessidade muito grande de serem reconhecidas e admiradas.

2.ª Linguagem – Tempo de qualidade: dedicar seu tempo para seu companheiro, conversar, ouvir, mostrar que se importa, concentrar sua atenção no outro, atenção sem nenhuma distração.

3.ª Linguagem – Presentes: presentear regularmente com objetos, flores, bilhetes, recados. O valor dos presentes está no seu significado embutido, algo feito e pensado especialmente para o outro.

4ª Linguagem – Atos de Serviço: é realizar aquilo que você sabe que o outro gostaria que você fizesse. Procurar agradar realizando coisas que ele aprecia, expressando amor por diversas formas de atos de serviço. Realizar atividades que sejam importantes para o outro, independentemente se você gosta de fazê-las ou se está com vontade.

5ª Linguagem – Toque Físico: ter contato, tocar, acariciar. Não fixar só no relacionamento sexual, mas no estar junto fisicamente.

Cada um tende a se identificar mais com alguma dessas linguagens, sentindo-se verdadeiramente amado quando o outro o suprir de acordo com sua necessidade. E, quanto mais completo e amado se sentir, ou como Chapman descreve, quanto mais cheio seu tanque de amor ficar, mais facilmente irá retribuir ao seu amado enchendo-o com todo o seu amor!

Há varias formas de demonstrar amor, porém devemos nos perguntar qual a maneira certa que vai fazer com que o outro realmente sinta-se amado, e, independentemente se essa atitude para nós será fácil ou difícil, simples ou complicada, ir em frente pelo amado(a) é decidir amar!

 

Como descobrir sua primeira linguagem do amor?

  • O que seu o outro faz, ou deixa de fazer, que mais o magoa? O oposto disso é provavelmente sua linguagem do amor.
  • O que você mais solicita do outro? Aquilo que mais requisita dele é provavelmente o que faz você se sentir amado.
  • Qual a forma mais frequente de você expressar amor? Pode ser uma indicação de que por essa mesma linguagem também se sentiria amado.

 

Referência Bibliográfica:

CHAPMAN, G. As cinco linguagens do amor: como expressar um compromisso de amor ao seu cônjuge. 2 ed. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2006. 234p.

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