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Zachary Mettler, The Daily Signal

“Meu corpo, minhas regras”. Este é um slogan comum entre aqueles que são pró-escolha. É um sloganzinho útil. Qualquer mulher pró-escolha pode usá-lo para calar imediatamente um homem pró-vida, já que sua opinião não conta, independentemente do mérito de seu argumento. Mas, e quanto à minha história?

Em 29 de março de 1997, meus pais estavam dirigindo por Minnesota quando, de repente, minha mãe começou a ter contrações. Imediatamente, eles foram para o hospital e dois dias depois eu nasci – 11 semanas antes do esperado.

Quando minha mãe deu à luz às 29 semanas de gestação, eu pesava apenas 1,3 quilo, mas logo perdi peso e fiquei com 1,16 quilo. Os médicos atrasaram meu nascimento o máximo possível para permitir que meus pulmões se desenvolvessem. Aqueles dois dias extras foram a única razão pela qual eu saí respirando por conta própria.

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Naquele estado, eu precisava de um tubo de alimentação, porque os bebês nascidos tão cedo como eu não sabem como sugar. Fora isso, não houve complicações nem problemas; esse é o motivo pelo qual eu louvo a Deus. Eu só precisava de mais tempo para me desenvolver.

Depois de uma estadia de cinco semanas no hospital, meus pais me levaram para casa e eu vivo uma vida normal e saudável desde então.

De volta ao slogan “Meu corpo, minhas regras”. Alguém que é pró-escolha pode dizer que minhas opiniões são irrelevantes, porque é apenas o corpo da mulher que é afetado e não o meu corpo “masculino”.

Mas e se minha mãe morasse em um dos nove estados norte-americanos, ou em Washington, onde uma mulher pode obter um aborto legal até o momento do nascimento? E se, em vez de dirigir para o hospital, minha mãe tivesse ido a uma “clínica” de aborto onde, em nove estados, ela poderia legalmente ter me matado? Minha opinião não importa, mesmo que eu tivesse sido morto nessa situação?

Pense nisso: em nove estados e na capital dos Estados Unidos, uma mulher pode abortar legalmente seu bebê – que é mais desenvolvido do que eu era quando nasci. E mesmo em estados com proibições estabelecidas em certa idade gestacional, alguns estados criaram brechas tão amplas que uma mulher pode fazer um aborto até o momento do nascimento por praticamente qualquer motivo.

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A esquerda diz frequentemente que um bebê não é uma pessoa até que sua sobrevivência fora do útero da mãe seja possível e viável. Digamos que este seja o caso, e que um bebê se torne uma pessoa apenas quando ele for viável. Então não podemos todos concordar que o aborto deve ser ilegal depois de 24 semanas, quando um bebê já é considerado “viável”? Por que seria legal matar um bebê que está tão desenvolvido ou mais do que eu quando nasci?

Recentemente, Nova York aprovou uma lei ampliando ao terceiro trimestre de gestação o acesso de mulheres ao aborto – após 24 semanas. Só que, durante anos, a esquerda apoiou o direito de uma mulher ao aborto, desde que fosse seguro, legal e raro. Lembram-se dessa expressão? Hillary Clinton, quando fez campanha presidencial em 2008, disse que o aborto deveria ser “seguro, legal e raro, e por raro, quero dizer raro”.

Desde então, a esquerda tem retrocedido. Michelle Wolf, em uma exibição aterrorizante para pessoas racionais, realizou um “brinde ao aborto”, dizendo, enquanto jogava confetes: “Se você quer um aborto, faça!”

O senador Bernie Sanders, em um recente debate na Fox News, foi questionado se ele acreditava que uma mulher deveria ser capaz de abortar seu filho até o momento do nascimento. Ele respondeu que “no fim das contas, a decisão sobre o aborto pertence a uma mulher e seu médico”, e a mais ninguém.

Sanders está aparentemente confortável com o cenário de uma mãe dirigindo para uma clínica de aborto em vez de um hospital, para matar seu bebê de 29 semanas – das 40 semanas habituais – em vez de dar à luz um bebê vivo e totalmente saudável.

De fato, os Estados Unidos são um dos únicos sete países que permitem abortos eletivos após 20 semanas de gravidez. Se isso choca e desanima você, que bom. E se você quiser fazer algo para mudar isso, que ótimo.

Eu sou eternamente grato por minha mãe que me cuidou e sustentou, especialmente pelo fato de ter nascido tão cedo. Rezo para que todos nós trabalhemos por um país em que toda criança tenha uma chance de viver – uma chance pela qual sou tão grato.

 

Tradução de Giovani Domiciano Formenton.

©2019 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.

 

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