Jaimie e John Connor/ Reprodução G1
Jaimie e John Connor/ Reprodução G1| Foto:

Connor Florio, um bebê americano que nasceu em julho do ano passado com apenas 310 gramas, é um dos menores bebês nascidos nos Estados Unidos a conseguir sobreviver e sair com saúde do hospital. Após longos 270 dias, seus pais, Jaimie e John, puderam voltar para casa com seu filho nos braços, pesando quase cinco quilos.

Em entrevista à BBC News Brasil, Dennis Davidson, o médico líder da equipe que cuidou de Connor no Hospital Infantil Blythedale que fica no condado de Westchester, no Estado de Nova York, afirmou que bebês que nascem com esse peso não costumam sobreviver e que o caso é extremamente raro.

Na 19ª semana de gestação, os médicos descobriram que Connor não estava recebendo os nutrientes necessários para o seu crescimento. “Ele estava cerca de seis semanas atrás em termos de crescimento e não estava recebendo fluxo de sangue adequado pelo cordão umbilical”, conta a mãe do bebê à BBC. Com isso, a decisão da equipe médica foi realizar um parto por cesariana, pois a chance de sobrevivência seria maior fora do útero.

Connor nasceu com 26 semanas e tinha menos da metade do peso normal para bebês de sua idade. “Ele tinha o peso de uma latinha de refrigerante. Seu pai podia literalmente segurá-lo na palma da mão”, lembra o médico.

Jaimie e John Connor/ Reprodução G1 Jaimie e John Connor/ Reprodução G1

A importância da família na recuperação

Os pais do bebê estiveram intensamente presentes durante toda a recuperação, o que, segundo os médicos, fez toda a diferença. “A família esteve extremamente envolvida. Nada supera isso”, ressalta Davidson.

“Eu sempre digo que Connor é não apenas a menor pessoa que eu conheço, mas também a mais forte. Apesar de ele ter suportado em seus nove meses mais dor do que qualquer bebê deveria suportar, ele sempre continuou a lutar e a superar cada obstáculo, sempre com um sorriso no rosto”, diz Jaimie.

Ela nasceu do tamanho de uma caneta, mas hoje é uma menina saudável

Durante os 270 dias, Jaimie e John fizeram questão de deixar o ambiente do hospital mais alegre e agradável possível, fazendo com que aqueles momentos fossem mais leves e dando a “cara” da família ao quarto em que Connor ficava. O casal celebrou todos os feriados e datas especiais decorando o quarto e fantasiando o pequeno Connor. “São lembranças que teríamos se essas datas fossem comemoradas em casa. Então, mesmo não estando em casa, ainda assim são recordações para o futuro. E foi divertido”, comenta John.

Connor se transformou em médico, super-homem, mago, papai Noel e até em um cupido para celebrar o Valentine’s Day – dia dos namorados comemorado em fevereiro nos EUA. Ainda nos primeiros meses de vida, o bebê era tão pequeno que as fantasias tiveram que ser compradas em lojas de artigos para ursinhos de pelúcia:

Jaimie e John Connor/ Reprodução G1 Jaimie e John Connor/ Reprodução G1
Jaimie e John Connor/ Reprodução G1 Jaimie e John Connor/ Reprodução G1
Jaimie e John Connor/ Reprodução G1 Jaimie e John Connor/ Reprodução G1
Jaimie e John Connor/ Reprodução G1 Jaimie e John Connor/ Reprodução G1
Jaimie e John Connor/ Reprodução G1 Jaimie e John Connor/ Reprodução G1
Jaimie e John Connor/ Reprodução G1 Jaimie e John Connor/ Reprodução G1
Jaimie e John Connor/ Reprodução G1 Jaimie e John Connor/ Reprodução G1

Depois de conseguir sobreviver aos primeiros meses onde havia um risco maior de morte, Connor passou a fazer fisioterapia e outros tipos de tratamentos para melhorar a alimentação, coordenação, força e linguagem como parte da recuperação. Depois de um tempo, o bebê passou até mesmo a começar a participar de atividades de interação com outros bebês no hospital. “Ele adora observar pessoas”, conta o pai. “Ele inclusive teve de mudar de lugar na sala de aula porque estava tão concentrado observando os outros bebês que não queria fazer mais nada”.

Agora em casa com sua família desde o início de abril, Connor ainda precisa de alguns cuidados especiais. O oxigênio suplementar ainda é necessário, assim como uma dieta especial e sonda para parte do processo de alimentação, mas segundo Davidson, em poucas semanas ele estará livre de tudo isso.

“Foi difícil praticamente viver dentro de um hospital nos últimos nove meses, mas isso faz com que a volta para casa seja ainda melhor”, diz Jaimie da casa da família em Danbury, no Estado de Connecticut.

 

Com informações de BBC.

***

Recomendamos também:

***

Curta nossa página no Facebook e siga-nos no Twitter.

Deixe sua opinião