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Uma pesquisa divulgada este ano pela consultoria americana Merril Edge mostra que a geração X (referente às pessoas nascidas entre as décadas de 60 e 80) estão mais preocupadas com a aposentadoria. “São os adultos que descobriram que não é tão simples juntar o primeiro milhão e comprar a tão desejada casa própria”, conta Pedro Braggio, coach e consultor financeiro.

As pessoas dessa geração têm a poupança como referência em investimento e segurança, além de se prenderem ao conceito de que é preciso ter um emprego fixo, salário, décimo terceiro, férias etc. É comum evitarem correr riscos. “Devemos levar em consideração que a geração X já vivenciou uma crise econômica tão intensa como a que vivemos nos dias atuais. O conforto e liberdade são os principais requisitos para esta geração, que busca viver bem, trabalhar no tempo correto e ter tempo para o lazer, viajar e aproveitar a vida sem ser intimidada com questões financeiras ou políticas”, avalia Marcelo Souza, consultor empresarial e sócio da Plano de Negócios Online – Planoo.

Com o parcelamento e o endividamento em longo prazo, as pessoas da geração X dificilmente conseguiam adquirir outros bens e esse é o principal fator para essa mudança de comportamento. Eles estão mais abertos a pensarem no futuro. “Além disso, hoje em dia eles conseguem falar abertamente sobre dinheiro com seus filhos. Diferentemente do passado, quando não tinham o diálogo com seus pais”, avalia Braggio.

Geração Y

Nessa mesma pesquisa há uma avaliação do comportamento da geração Y com relação às finanças. Nascidos entre a década de 80 e 2000, os millenials, como são conhecidos, assim como em seus relacionamentos e carreiras, tem fobia por comprometimento quando o assunto é poupar e investir dinheiro. “Os brasileiros entre 16 e 24 anos são os que menos têm controle da vida financeira, sendo que 41% admitiram comprar de forma espontânea e imediata, de acordo com uma pesquisa publicada, em 2014, pelo Serasa Consumidor em parceria com o Ibope Inteligência”, conta Pedro Braggio que analisa esses jovens como vítimas do consumismo imposto pela mídia. Já Marcelo Souza acredita que os jovens estão começando a lidar melhor com o dinheiro, mais abertos aos problemas do país e preocupados também com seu bem estar. “É comum ver jovens trabalhando com carteira assinada, tendo responsabilidade individual, ajudando com gastos em casa e almejando um futuro melhor na profissão. O dinheiro nem sempre é a razão de conforto, ter conhecimentos e seguir carreiras promissoras são algumas das alternativas mais buscadas”, avalia Souza.

Orientações importantes

Os especialistas enfatizam a necessidade de ensinar os filhos, o quanto antes, sobre questões financeiras. Confira abaixo alguns exemplos citados por eles:

  • Quanto mais cedo você conseguir ensinar noções básicas de dinheiro ao seu filho, menos problemas futuros ele terá;
  • O dinheiro não é infinito. Por meio da mesada ou de uma premiação, você pode explicar isso a ele. O ideal é combinar uma data de recebimento e, nesse tempo, seu filho vai precisar controlar o quanto gasta até que receba novamente;
  • O planejamento é fundamental para ter uma vida financeira mais leve.  E ao conhecer a educação financeira, seu filho vai aprender a se planejar.
  • Demonstre para seus filhos quais são os valores de cada coisa que eles querem ou utilizam diariamente.
  • Agora em época de Natal, muitas crianças pedem aos pais os brinquedos dos sonhos, porém o pai pode não ter condições de comprar este brinquedo. Comece aí a educação financeira.
  • Mostrar preço, durabilidade, necessidade de cada coisa é uma das melhores formas de se educar uma criança.
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