O pequeno Luiz Miguel ao deixar o hospital em Campinas (foto: reprodução/EPTV)| Foto:

Um bebê nascido prematuro, depois de apenas 28 semanas de gestação, finalmente recebeu alta nessa quarta-feira (19/07), três anos e quatro meses após o seu nascimento. Luiz Miguel Monteiro Filomeno, que nasceu pesando pouco mais de 1 quilo e medindo apenas 34 centímetros, agora tem 12 quilos e 84 centímetros. A família mora em Espírito Santo do Pinhal, no interior paulista.

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Desde que nasceu, em fevereiro de 2014, o pequeno Mig, como é chamado, não conhecia nada além da ala pediátrica do Hospital Celso Pierro, da Pontifícia Universidade Católica (PUC), em Campinas. Durante meses, com um pulmão só funcionando, o bebê lutou bravamente pela vida. Por causa da sua prematuridade, seu corpo não estava totalmente formado ao nascer e o pulmão direito não se desenvolveu.

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Após o parto, o bebê apresentou quadro de hemorragia intracraniana, hidrocefalia (excesso de líquido no cérebro) e uma anomalia no esôfago, o que resultou em cirurgias. Em casa, Luiz Miguel ainda é alimentado por sonda e tem a ajuda de um respirador mecânico.

Isso não impediu que em seu primeiro dia em casa o bebê acordasse alegre, às 9 horas, fazendo festa com a irmãzinha Lavínia, de 7 anos. “Ele já está grudado na Lavínia, chama ela a todo momento. Os dois são muito ligados desde que ele começou a poder receber visitas no hospital”, conta a mãe, a costureira Lívia da Silva Monteiro, de 33 anos, ao Estadão. “Ter ele em casa assim, cheio de vida e energia, todo sorridente, é um grande milagre”.

Lívia deixou o serviço numa confecção para cuidar do filho, que também tem o suporte de uma equipe de home care, com enfermeira 24 horas, fisioterapeuta e acompanhamento médico. Os familiares receberam treinamento intensivo na PUC para cuidar do menino. “Adaptamos o quarto para o conforto dele, mas a cama é normal, tem apenas um sistema para baixar os pés quando ele quer descer”, diz a mãe.

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O sustento da casa está por conta do marido e pai da criança, o policial militar Lúcio Filomeno, de 30 anos. “O pai já avisou que, em suas folgas, ele assume o Luiz Miguel. Achamos que logo ele vai querer ir brincar no quintal”, diz Lívia.

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A saída do hospital foi marcada por uma festa. A equipe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica e Neonatal se reuniu para a despedida. “Até o Fred ficou emocionado”, conta Lavínia, referindo-se ao cachorro do Projeto Medicão da PUC, que ajuda na recuperação das crianças internadas.

“Ele superou tudo com muita vontade de viver e agora, mais do que o atendimento intensivo, ele necessita dos cuidados da família”, diz a médica Raquel Vieira da Silva, chefe da UTI pediátrica. A presença do home care, com uma equipe multiprofissional, segundo ela, será necessária até que o menino ganhe maior mobilidade e reduza a dependência do suprimento de oxigênio.

 

Com informações do jornal Estado de S. Paulo e EPTV.

 

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