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O Google proibiu anúncios publicitários pagos a respeito do referendo que levará os irlandeses às urnas no próximo dia 25 de maio para decidir se o país mantém a 8ª emenda da sua Constituição, que reconhece o direito do nascituro à vida. A proibição vale tanto para a propaganda pró-manutenção da emenda quanto para a propaganda contrária, mas nomes ligados ao movimento pró-vida acreditam que a decisão favorece o lado pró-aborto.

“Com a nossa atualização sobre os esforços de integridade eleitoral em nível mundial, decidimos impedir todos os anúncios relacionados ao referendo irlandês sobre a 8ª emenda”, disse na quarta-feira (09/05) ao jornal Independent um porta-voz do Google. A interdição dura até o dia da votação e vale também para o YouTube, que é propriedade do Google. A companhia deixou claro, porém, que não impedirá que o conteúdo relacionado ao referendo apareça em resultados de busca.

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O Facebook tomou uma decisão semelhante, proibindo a veiculação de anúncios pagos sobre o referendo que venham de anunciantes estrangeiros. A rede social justificou o movimento como um esforço “para ajudar a proteger a integridade de eleições e referendos de influências indevidas”. A decisão vem depois da onda de denúncias que revelaram que houve interferência da Rússia, sob a forma de conteúdo pago nas redes sociais, nas eleições presidenciais norte-americanos de 2016.

O diretor de comunicações do grupo pró-vida Save the 8th, John McGurk, apoiou a decisão do Facebook, mas criticou a da Google. Segundo ele, apenas 0,2% dos anúncios de ambos os lados vêm do exterior, o que não seria uma justificativa suficiente para bloquear todos os anúncios, inclusive os de dentro da Irlanda. Uma declaração conjunta das organizações Pro Life Campaign, Save the 8th e Iona Institute acusa a Google de “manipular o referendo”, dando uma vantagem injusta ao lado pró-aborto.

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Já Ailbhe Smyth, codiretora da campanha Together for Yes, que defende a revogação da emenda, elogiou ambas as companhias, por criarem “um campo de jogo nivelado entre todas as partes”. Assim, o lado vencedor ganhará “pela força do seu argumento e pelo poder do seu testemunho pessoal, não pelo tamanho dos seus bolsos”, diz ela.

De acordo com o jornal The Irish Times, não há cifras oficiais sobre os gastos de ambos os lados da campanha, mas os que defendem a revogação da emenda têm a vantagem de serem apoiados por grande parte da mídia irlandesa e por dezenas de celebridades do país. “Os pró-vida dependem das ferramentas das redes sociais para se comunicar”, avalia o cofundador da fundação Radiance, Ryan Bombeger.

 

Com informações de InfoCatolica.

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