Planos otimizam nossa inteligência e são um recurso essencial para lidar com os desafios que a vida nos impõem no campo emocional.
Planos otimizam nossa inteligência e são um recurso essencial para lidar com os desafios que a vida nos impõem no campo emocional.| Foto: Startup Stock Photos/Pexels

Você já planejou seu 2021? Parou para definir, com metas e tarefas, quais projetos quer tirar do papel este ano? Mais do que ter organização e foco, fazer planos nos ajuda a dar sentido à vida e tem impacto positivo direto na nossa saúde mental. Já a falta deles é caminho certo para a preguiça cognitiva e o vazio existencial, dizem os especialistas.

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Daniela Jungles, mestre em Ciências da Educação pela Université de Sherbrooke (Canadá) e supervisora do Serviço-Escola de Psicologia do Unicuritiba, garante que o processo de planejamento faz parte das etapas psíquicas superiores chamadas “funções executivas” e requer a orquestração de várias atividades cerebrais complexas. “Por isso, os planos otimizam nossa inteligência e também são um recurso essencial para lidar com os desafios que a vida nos impõem no campo emocional”, explica.

Para ela, no entanto, não fazer planos pode ser comparado à uma lesão neuropsicológica. “Fazer planos pode ter um papel terapêutico, além de estimular nossa inteligência. Estipular objetivos pode mudar nosso humor, nos relaxar e até nos divertir. Mergulhar em sonhos, sejam eles grandes ou pequenos, nos proporciona segurança, motivação e esperança. E, dessa forma, nos ajuda a enfrentar situação difíceis”, aponta.

Outros benefícios

Ter objetivos claros (que pode ser emagrecer, viajar ou se mudar para uma casa maior) e agir baseado neles ajuda a ressignificar os nossos dias e a diminuir a sensação de perda de controle trazida pela pandemia, segundo Daniela. “Gera um efeito psicológico de que a vida continua avançando, apesar de tantos desafios. Em tempos de coronavírus, ter planos nos ajuda a ver o futuro de uma maneira mais serena e confiante”, garante.

Como recomendação, a especialista sugere fazer planos simples e de curto prazo para já ir experimentando os efeitos positivos que eles proporcionam quando alcançados. Mas indica, também, ter planos de médio e longo prazo, até para estimular a nossa capacidade de vislumbrar um futuro melhor: sem isolamento, por exemplo.

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