Após milhares de casos de infecção do Zika vírus ocorridos na Colômbia e outros casos que se espalham pelo mundo, já é possível observar que o problema da microcefalia se concentra no Brasil, mais especificamente na região nordeste.
A especialista em cardiologia fetal e pediátrica Sandra Mattos afirma que os casos de microcefalia vêm ocorrendo antes mesmo do aparecimento do Zika vírus no Brasil. Por isso, há de se considerar que a microcefalia tenha outros fatores causais.
Por que o grande número ocorre apenas no nordeste? Uma das possíveis explicações pode vir do excessivo uso de agrotóxicos utilizados na região. É certo que alguns tipos de agrotóxicos usados no Brasil são os mais danosos à saúde e já se constatou que, se consumido em excesso pela gestante, pode prejudicar o desenvolvimento fetal. A contaminação do solo somado ao precário sistema de saúde e a falta de saneamento básico, são fatores que também podem prejudicar o crescimento do feto, que ainda não possui imunidade para aguentar tantos fatores adversos.
Uma recente matéria da CBC News entrevista o epidemiólogo alemão Dr. Christoph Zink, que tem afirmado várias vezes em público, de que a correlação entre o Zika vírus e a microcefalia não tem sentido. Segundo ele, seus colegas toxicólogos no Brasil devem examinar com atenção a prática da aplicação de agrotóxicos altamente venenosos no país, sem que haja uma fiscalização eficaz por parte das autoridades.
É cedo afirmar que a microcefalia seja causada pelo Zika vírus, o governo brasileiro deve ter cuidado para afirmar tal correlação. Se milhares de casos da infecção do Zika vírus ocorreram na Colômbia e em outros lugares do mundo, sem, contudo, ter gerado a microcefalia, parece que temos fortes indícios para não acreditar na correlação direta entre o vírus e à microcefalia. Mas para o governo brasileiro deverá ser mais fácil colocar a culpa da microcefalia em um mosquito do que admitir o subdesenvolvimento da região.
Em meio a tantas matérias tendenciosas e alarmistas, o que temos como certo é o fato de que os financiadores da propaganda abortista, como o planned parenthood e até mesmo o Alto Comissário para os Direitos Humanos ONU, o jordaniano Zeid Ra’ad al-Hussein, se aproveitaram do adiantamento que deram à correlação Zika x microcefalia, para impulsionar a vergonhosa campanha em favor do assassinato de bebês.
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