aedos -cantores-poetas itinerantes
aedos -cantores-poetas itinerantes| Foto:

Difusão da cultura na Grécia antiga

No período homérico, por volta do séc. Vlll aC viajavam pelos territórios gregos os cantores-poetas itinerantes, cantando um gênero muito peculiar de poesia, que não provinha da leitura de textos, mas dos próprios poetas que criavam enquanto cantavam. Não havia literatura escrita e a grande interação cultural dava-se através desses poetas, que eram chamados de aedos.

Em grego a palavra ‘canto’ é ‘ado’. Aedos, do grego aeidós, como dito acima eram os cantores-poetas itinerantes. A grande referência dos aedos estava na tradição épica de Homero, que influenciava a antiguidade mais pelo canto dos poemas que pela leitura. Mais que isso, na região grega não havia cultura feita através da escrita, mas somente pelo som das palavras.

Poetas sedentários ou os ‘privilegiados aedos’, eram os que iam descortinando ou também forjando os interesses culturais, eram os que ‘pinsavam’ as antigas histórias e mitos, e re-cantavam para o povo, em festas religiosas ou particulares.

Havia também os festivais de declamações onde escolhia-se os melhores aedos. O próprio Homero hoje pode ser reconhecido não como um escritor, pois não havia literatura escrita. Homero seria o mais famoso aedo.

 

Difusão da cultura na idade média

A conservação e criação de obras literárias através da escrita era mais comum na Idade Média, também o estudo tornara-se mais acessível. Muitos mosteiros preocuparam-se no trabalho de não apenas conservar obras em pergaminho mas também com o trabalho de copiar os manuscritos e fazê-los mais acessíveis, especialmente quando a Igreja iniciou o sistema de universidades na Europa dos séculos Xl, Xll e Xlll.

pergaminho feito em pele de ovelha. uma obra como a Odisseia era necessário muitos deste pergaminho feito em pele de ovelha. Uma obra como a Odisseia era necessário muitos deste

A tradução também era um campo a ser explorado e houve grande interação entre europeus e árabes -um movimento intelectual comercializando obras quase extintas- principalmente de origem filosófico e cultural greco-romano.

 

Difusão da cultura na atualidade

Em fins do século XV temos a invenção do livro impresso pelo alemão Johannes Gutemberg. A possibilidade de imprimir um livro com mais velocidade, sem precisar escrevê-lo a mão, é uma grande revolução para a época.

Hoje a facilidade de obter livros, impresso ou digital, é grande, mas também há a facilidade de escrever, anotar o que se queira, enviar mensagens, cartas, emails, abrir um blog ou escrever um livro.

A facilidade de acesso ao conhecimento possibilitada pela internet abre portas que podem levar-nos a diferentes lugares. Qualquer pergunta feita ao google normalmente vêm milhares ou milhões de respostas. Em quem confiar em meio a tantas respostas a uma mesma pergunta?

A chance de encontrar respostas mais seguras e confiáveis aumentam quando procuramos pelas fontes mais próximas dos assuntos de interesse. Para saber sobre o último meteoro que passou como uma estrela cadente é melhor ler uma revista da NASA do que ler outra cuja matéria queira mostrar a proximidade de tal meteorito com a terra, um certo sensacionalismo para vender a revista.

Procurar as fontes e instituições que nos dão uma confiabilidade de pesquisa é um importante tópico que merece maior atenção.

O hábito da leitura coloca-nos em posição crítica quando temos os textos em mãos. A experiência de viajar entrelinhas abre-se a nós a possibilidade de reconhecer a validade de um conteúdo, perceber as relações entre um texto e outro e aproximar-se de respostas mais claras e evidentes.

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