Foto: Liderança do PSL/Divulgação.
Foto: Liderança do PSL/Divulgação.| Foto:

A audiência com ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, ocorrida nesta quinta-feira pela manhã, na Comissão de Direitos Humanos do Senado, foi uma grata surpresa. A maior parte dos deputados e senadores foi bastante respeitoso com a chefe da pasta, e a maioria das perguntas foram de razoáveis à interessantes.

Damares saiu-se bem, mostrando firmeza ao falar, domínio da estrutura que dirige, conhecimento técnico e moderação no diálogo. Certamente surpreendeu alguns dos parlamentares que não a conheciam e, por tolice, compraram a imagem de pastora evangélica extravagante. Mesmo os que tentaram irritá-la com alguma provocação capciosa acabaram por levar como resposta uma aula de cortesia e profissionalismo.

Leila do Vôlei (foto: Agência Senado). Leila do Vôlei (foto: Agência Senado).

O destaque negativo ficou por conta da – essa sim, extravagante – senadora Leila do Vôlei. Atrapalhada, sua fala foi uma das mais confusas. Começou gaguejando um texto mal escrito no qual perguntou se Damares “seria a ministra de todas as mulheres ou só daquelas que compartilham suas crenças”. Em seguida, tentou justificar a perguntinha sacana dizendo “a senhora me desculpe, mas eu sou católica, a senhora evangélica” e prosseguiu tentando colocar religião no meio de uma audiência que, até essa fala sem noção, não havia entrado no assunto em momento algum – e nem devia.

Depois, perdeu-se ainda mais ao tentar responder – gritando como se estivesse numa quadra – a alguém uma rajada de clichês lacradores do tipo “homem não entende o que é ser grávida, dupla jornada, não entende nada disso e ainda querem decidir em nome das mulheres. Eu estou aqui representando as mulheres”. Ao voltar a atenção à ministra, tentou entrar no assunto aborto e chegou a dar a entender que é a favor da prática – mesmo tendo definindo-se como católica, segundos antes.

Foi um papelão desnecessário. Lembrou a derrotada ex-senadora comunista, igualmente dada a chiliques, Vanessa Grazziotin.

Quem quiser conferir a patetice assista a partir do minuto 1:29:00 no vídeo abaixo:

Felizmente, a deputada federal carioca Chris Tonietto, com muito mais objetividade, deu à confusa senadora a merecida resposta, afirmando-se, como mulher, plenamente representada por Damares no ministério. Não deixem de conferir a resposta dela no minuto 2:33:40 . Chris Tonietto será definitivamente o pesadelo das feministas nesta legislatura.

Recomendo muitíssimo que assistam também ao necessário desagravo feito pelo deputado federal Filipe Barros, em referência ao episódio repulsivo protagonizado por grandes veículos de comunicação nos meses seguintes à nomeação de Damares como ministra, quando jornalistas tidos por renomados ridicularizaram sua história de abuso infantil e posterior tentativa de suicídio, revelando com isso apenas o lodo moral no qual vivem muitos dos decadentes “formadores de opinião” da mídia brasíleira.

O deputado falou por todos que sentiram nojo dos Noblats, Dimensteins e similares naquela ocasião:

 

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