Crédito: arquivo pessoal
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A enfermeira aposentada Lynn Bartos sempre se sentiu bem com a jovem colega de profissão que a acolheu calorosamente na clínica onde tratou de uma artrite reumatoide, em Milwaukee, nos Estados Unidos. “Algo dentro de mim dizia: ‘Essa jovem me é familiar’”. E a intuição de Lynn não podia estar mais certa, pois elas conviveram por muito tempo na década de 80, mas estavam em papeis opostos

A descoberta aconteceu quando Nicole Krahn, 30 anos, a enfermeira designada para administrar a terapia intravenosa na aposentada, também se deu conta de que o sobrenome Bartos não lhe era estranho. Conversando com a paciente, descobriu que Lynn Bartos trabalhava no mesmo hospital, mas em outro setor, o de neurologia.

“Eu perguntei se ela tinha feito a carreira dela aqui. Ela respondeu: ‘Não, eu comecei na clínica de gastroenterologia do Hospital Pediátrico’”, conta Nicole, ao site The Big Story.

Nicole, que teve um problema no intestino delgado logo após o seu nascimento e teve de remover a maior parte dele, teve que ser alimentada por sonda nos seus primeiros anos de vida. Ela ia regularmente à clínica para ser pesada e fazer um check-up. A garotinha que chamava a si mesma de NeeNee gostava de ir ao Hospital Pediátrico de Wisconsin na maior parte das vezes, porque lá ela sempre encontrava uma enfermeira que chamava de “Doce Lynney”.

A menina e a enfermeira foram até mesmo retratadas em uma revista do hospital em uma história de 1988 sobre cuidados de longa duração.

Tudo ficou claro quando Lynn deu uma olhada melhor no crachá de Nicole – e teve um estalo.

“Eu disse: ‘Você é a NeeNee!’, e ela disse: ‘Sim, sou eu’ – e de repente nós nos lembramos da relação que tínhamos quando ela ainda era uma garotinha”, relatou Lynn, que agora tem 66 anos. “E eu pensava: ‘Aquela menininha agora está cuidando de mim.’ Acho que passei o resto da sessão chorando.”

Elas não se viam há 25 anos, desde que Lynn trocou de emprego.

Nicole disse que se lembrava de Lynn e sempre quis ser uma enfermeira. Ela disse que foi justamente a bondade de Lynn que a influenciou no modo como se relaciona com os pacientes.

“Eu não sei como explicar o que significa para mim cuidar dela depois de todos esses anos”, disse Nicole.

“Foi um maravilhoso presente voltar a ter contato com Nicole”, disse Lynn. “É assim que eu vejo: ganhei um presente que me faz saber que, nesses 44 anos como enfermeira, eu fiz a diferença.”.

 

Com informações de The Big Story.

Colaborou: Felipe Koller

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