Ideia do projeto nasceu há quatro anos, baseada na história de vida do menino curitibano Lorenzo Bisinella, portador da síndrome de Goldenhar
Ideia do projeto nasceu há quatro anos, baseada na história de vida do menino curitibano Lorenzo Bisinella, portador da síndrome de Goldenhar| Foto: Arquivo pessoal

Um grupo de pais de Curitiba com filhos especiais lançou o portal Bebê de Fibra, com o objetivo de devolver em forma de benefícios comerciais o carinho das pessoas que colaboram com as famílias. Quem contribui na plataforma, passa a usufruir de descontos e promoções em estabelecimentos comerciais conveniados ao portal.

Pizzaria, restaurante, pet shop, barbearia, escola de inglês pela internet, estética, produtos artesanais em crochê e até açougue online. Produtos vendidos pelas mães das crianças também estão à disposição por preços especiais. A ideia para a iniciativa, lançada agora durante a pandemia do novo coronavírus, surgiu há quatro anos, baseada na história de vida do menino curitibano Lorenzo Bisinella, portador da síndrome de Goldenhar.

Segundo as regras do portal, para se tornar membro é preciso fazer uma contribuição a partir de R$ 35, que será mensal e recorrente. Para usar os descontos, é preciso informar o CPF ao estabelecimento conveniado ou gerar previamente um código de cupom na área exclusiva do site. Os recursos arrecadados são direcionados para famílias constituídas por crianças especiais. A atuação é regional, na qual os membros beneficiam famílias especiais da mesma área de localização.

Conforme explica Letícia Bisinella, mãe do Lorenzo e vice-presidente do Bebê de Fibra, o site não é um projeto reflexo da pandemia. “Manter a estrutura de bem-estar para o Lorenzo sempre foi difícil. Do dia para noite, nos vimos fazendo rifas, vaquinhas, bazares e até mesmo foi preciso vender meus vestidos de casamento e formatura”, explica a mãe. Partindo da realidade da Letícia e sua necessidade de contar com recursos financeiros regulares, o trabalho começou. A construção foi de quase dois anos e o resultado é uma plataforma de captação de recursos, simples e intuitiva, baseada nos pilares do empreendedorismo social. 

O presidente da instituição, Aldivo Canesso, explica que em breve novos benefícios ficarão disponíveis. “Tomamos a decisão de lançar a plataforma durante a pandemia. Nosso plano inicial era diferente, mas a causa vale o risco”, disse. Ainda, conforme Canesso, neste momento, as dificuldades das famílias aumentaram consideravelmente e a dos estabelecimentos comerciais também. De acordo com o as informações do portal, a missão deles é manter o bem-estar e a qualidade de vida de todos. “Também vamos ajudar a movimentar seus negócios, abalados pelo coronavírus”, completou.

Para o valor mensal ser relevante às famílias, a cada 20 membros ativos uma criança é beneficiada. Pessoas jurídicas também podem participar. O Bebê de Fibra conta com o apoio de seu primeiro embaixador, o músico Derico Sciotti, conhecido pela participação como saxofonista no Programa do Jô.

Atualmente, seis famílias são beneficiadas e aproximadamente 15 estabelecimentos comerciais estão cadastrados na plataforma. As histórias das crianças Anna Carolina Correa Wolter, Lorenzo Yamaguchi Braz Padilha, Lorenzo Bisinella Fanini Garbuio, Luna Mayara Soares Pereira, Evellyn Vitória Proença e Henrique Cortizo Zimermann, são contadas no portal.

Por meio do do Fale Conosco do site, os organizadores esperam a manifestação de novos estabelecimentos comerciais interessados em participar e também pelo mesmo canal buscam ampliar a quantidade de famílias cadastradas. Para ser beneficiada, a inclusão da família é condicionada à existência de patologia, enfermidade ou doença em uma criança até 14 anos, não se aplicando a deficientes exclusivamente sensitivos.

Para colaborar, é preciso acessar o site Bebê de Fibra. E na página de Facebook do projeto, outras informações podem ser obtidas.

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