Aos 24 anos Wesley Hamilton ficou sem os movimentos da perna e a filha que ele criava sozinho, foi sua maior força de superação.
Aos 24 anos Wesley Hamilton ficou sem os movimentos da perna e a filha que ele criava sozinho, foi sua maior força de superação.| Foto: Repdorução/Facebook Disabled But Not Really

Dois tiros no abdômen mudaram para sempre o futuro de Wesley Hamilton, morador de Kansas City, no estado norte-americano do Missouri. Depois de uma briga ele foi baleado e ficou paralisado da cintura para baixo, aos 24 anos de idade. Com uma filha para criar sozinho e de cadeira de rodas, Wesley contou à CNN que se sentiu derrotado.

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As inúmeras horas sentados renderam uma úlcera de pressão no cóccix e seis cirurgias. Foram mais dois anos de repouso absoluto. Com muitos quilos acima do peso ideal, veio a depressão. Só que o amor pela filha não deixou que ele desistisse de viver. "Meu amor por ela é maior do que ela jamais imaginará. E esse amor me inspirou a assumir o controle da minha vida", afirmou à emissora norte-americana.

Wesley começou a estudar nutrição e se inscreveu em aulas de levantamento de peso. Perdeu 45 quilos e se motivou a inspirar outras pessoas. Além de atleta, virou treinador de CrossFit adaptado para pessoas com algum tipo de deficiência. Em 2017 ele fundou a instituição chamada Disabled But Not Really, que oferece treinamento físico e orientação nutricional. "As pessoas merecem saber que são mais do que as circunstâncias", disse ele em entrevista. "Meu objetivo é inspirar. E é mostrar às pessoas como a felicidade realmente parece, apesar da adversidade que você tem que enfrentar", completou.

A pandemia do coronavírus, claro, afetou as atividades do grupo. A dificuldade em frequentar as academias de ginástica nesse período fez com que Wesley transformasse a garagem da própria casa em um ginásio adaptado. Assim os alunos podiam continuar se exercitando mesmo durante as restrições sanitárias.

Mais do que formar atletas ou deixar os alunos condicionados, Wesley garante que na realidade quer ensinar as pessoas com deficiência que elas podem assumir o controle das próprias vidas e abraçar a realidade. É só dessa forma que ele acredita que a sociedade vai começar a olhar de forma mais adequada para esse universo, com mais aceitação e acessibilidade.

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