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Matej Hosek tem 13 anos e vive na República Checa. Quando ele tinha nove meses, os médicos perceberam que ele se desenvolvia de forma “diferente”, mas foi só aos dez anos de idade que ele foi diagnosticado com síndrome de Asperger, um transtorno do espectro autista. O menino, porém, não se rendeu e transformou uma de suas obsessões em uma forma de fazer terapia e se sustentar financeiramente.

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Matej é fascinado por mapas de transporte público, desde que aprendeu a ler e perdeu o medo de andar em ônibus e metrôs. Ele começou a colecioná-los, estudá-los e decorá-los – o rapaz conhece de cabeça o mapa do metrô de Londres, com todos os seus detalhes. Não demorou para que Matej começasse a desenhar os seus próprios mapas. O primeiro deles, imaginário, intitulado de “Cidade dos Idiotas”, representa bem como ele se sentia.

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Desde o começo, a família se adaptou para que Matej pudesse ter uma vida normal. Sua mãe deixou de lado a carreira como jornalista e colaboradora de revistas de moda para criar uma série de rituais capazes de organizar a vida do menino – a organização é extremamente importante para quem convive com a síndrome. Graças a estes esforços, a família conseguiu que Matej frequentasse uma escola convencional, com a companhia de uma assistente.

A paixão pelos mapas foi mais longe e logo o menino passou a copiar mapas de diversas partes do mundo e até mesmo recriar alguns que ele achava que não estavam corretos. A família teve a ideia de transformar os desenhos de Matej em uma coleção de moda depois que o garoto, após assistir ao filme Dior e Eu, vestiu um manequim com seus mapas.

Intitulada “Uma criança com autismo para as pessoas com autismo”, a coleção foi destaque na Semana de Moda de Praga, em 2016, e acabou dando origem à loja virtual Maappi, que se tornou o negócio da família. Os desenhos de Matej agora estampam camisetas, mochilas, moletons, meias e capas para celulares. A família redireciona uma parte significativa do lucro a organizações voltadas para crianças com autismo e pretende que a empresa seja a fonte de renda do rapaz e, possivelmente, empregue mais pessoas com autismo.

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