Para garantir uma educação integral para as crianças e adolescente, a EPB trabalha unindo forças entre as famílias e as escolas.
Para garantir uma educação integral para as crianças e adolescente, a EPB trabalha unindo forças entre as famílias e as escolas.| Foto: Arquivo Escola de Pais do Brasil

Quando nos tornamos pais e mães assumimos a nobre missão de criar e educar os filhos. Certos de que o instinto se encarrega de ajudar os pais nessa tarefa, alguns até dizem que “quando nasce um bebê, nasce uma mãe” (ou um pai). Mas a verdade é que o instinto, apesar de fundamental, não dá conta de todo o trabalho.

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É preciso que os pais busquem o mínimo de conhecimento, bem como orientações na medida certa. E para isso, as mães e os pais de todo o país podem contar com a ajuda da Escola de Pais do Brasil (EPB) que, neste mês de outubro, completou 58 anos ininterruptos de atuação e apoio à formação de crianças e adolescentes.

Inspirado em um movimento pós-guerra na França, que tinha como objetivo dar assistência aos órfãos, o projeto sem fins lucrativos foi fundado no Brasil em 1963 por um grupo de religiosos católicos. A ideia foi adaptada para trabalhar com as famílias brasileiras e, apesar de ter sido trazida por religiosos, a EPB não tem vínculo com nenhuma religião.

Missão

A proposta da Escola de Pais do Brasil não envolve somente a formação de pais, mas também de futuros pais, educadores e cuidadores e, por isso, trabalha unindo forças entre as famílias e as escolas. Tudo isso para garantir uma educação integral para as crianças e os adolescentes.

Na prática, o trabalho é desenvolvido por pais, mães e associados voluntários, todos amparados por pedagogos, médicos, psicólogos e sociólogos. E sua principal ferramenta são os círculos de debates, encontros nos quais os pais e educadores interagem por meio de grupos de trabalho.

Esses encontros acontecem em escolas, igrejas, associações e empresas, mas desde 2020, por causa da pandemia, os círculos de debates também acontecem virtualmente. Os temas abordados vão desde a concepção e fases do desenvolvimento infantil até relacionamentos familiares, sexualidade, cidadania, ética, limites e valores.

“Nossa missão é ajudar pais, futuros pais e agentes educadores a formar verdadeiros cidadãos”, afirma Marlene de Fátima Merege Pereira, vice-presidente da diretoria executiva nacional da EPB. Segundo ela, o trabalho da entidade é preventivo e orientativo, “com o objetivo de atualização e fortalecimento das famílias ou responsáveis para uma condução da educação dos filhos ou crianças sob sua responsabilidade de maneira mais assertiva”.

Via de mão dupla

Juntamente com seu esposo, Marlene conheceu o trabalho da EPB há 33 anos, quando os dois foram convidados para um dos círculos de debates que acontecia na escola do filho mais velho do casal, em Videira, Santa Catarina. Anos mais tarde, o convite se estendeu para se tornarem associados. De lá para cá, são mais de 29 anos de voluntariado, sendo os últimos 16 na seccional de Curitiba.

“Costumo dizer que o trabalho voluntário na EPB é uma via de mão dupla, você dá e recebe. Aliás, recebe muito mais”, comenta Marlene. “Ser associada contribuiu para que eu me tornasse uma mãe com atitudes mais assertivas na condução da educação dos filhos”.

Hoje sediada em São Paulo, a Escola de Pais do Brasil também conta com seccionais em Goiás, Alagoas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. “Acredito na importância de deixar um legado aos filhos, netos e sociedade. E estar na EPB foi minha escolha para fazer a diferença na vida de alguém”, afirma.

Um ato de amor

Além dos círculos de debates, a Escola de Pais do Brasil também realiza um congresso nacional anual com palestrante renomados da área de educação, seminários e webinars quinzenais pelo seu canal no Youtube. Todo o conteúdo dessas atividades está disponível no site da entidade.

Em seus 58 anos de atuação em prol das famílias, a EPB já impactou a vida de cerca de 600 mil crianças e adolescentes, que foram beneficiadas com a formação recebida por seus pais e cuidadores. “Nós pais somos os primeiros e principais educadores. Investir nos cuidados desde a concepção fará com que o bebê, criança, adolescente e jovem se sinta amado, cuidado e seguro”, afirma Marlene.

“É muito importante, independentemente de os pais estarem juntos ou não, estar em sintonia em relação à condução da educação de seus filhos. Assumir esta missão, sem terceirizar, faz toda a diferença. É fácil? Com certeza não. É possível? Totalmente”, reitera. “Nós associados voluntários da EPB acreditamos que educar é um investimento para o futuro, é um ato de amor”.

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