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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil chegou a 8,3% e alcançou o maior índice desde 2012. Hoje são 8,4 milhões de desocupados no país. Com isso, é comum que as pessoas tenham em sua família, ou círculo de amizades, alguém bem próximo que acaba de perder o emprego. E o que fazer numa situação como essa?

Para a psicóloga e diretora da Rophen Consultoria, Jaciara Pinheiro, o mais importante é não se deixar abater. “A demissão é o momento de parar, analisar e avaliar os pontos positivos e negativos como forma de avançar para o futuro. Eu sugiro que a pessoa encare como uma oportunidade”, afirma Jaciara. Manter a tranquilidade é outro ponto importante para que a pessoa consiga traçar um plano de retorno ao mercado de trabalho.

No que diz respeito à família, a sugestão é não vitimizar quem ficou desempregado e se posicionar como parceiro na hora de pisar no freio e diminuir as despesas. É importante ficar atento aos sinais de depressão. Quando o profissional não tem energia para buscar o novo emprego, culpa demasiadamente a si ou o outro pelos motivos da demissão, rejeita oportunidades por motivos banais e se isola, talvez seja o caso de procurar ajuda médica.

Tempo para si

Passado um tempo – de acordo com a psicóloga, uma semana é suficiente para ajustar as ideias – é hora de atualizar o currículo e as redes sociais, mapear empresas e oportunidades e seguir em frente. “Quanto mais tempo o profissional demora para tomar as ações necessárias para a busca de um novo emprego, mais tarde vem o resultado”, conclui Jaciara.

Para a gerente de recursos humanos da Worldpay do Brasil, Kely Melin, na hora de atualizar o currículo, coloque informações fundamentais de maneira reduzida e não seja prolixo. “Os recrutadores não possuem tempo disponível para ler muitas informações e você poderá ser descartado por conta desse detalhe. Depois dos ajustes mostre para seus amigos avaliarem se o currículo está de acordo, se é de fácil compreensão. O mais importante é informar quais os desafios teve em sua última empresa e quais objetivos conseguiu alcançar. Sempre diga a verdade”, completa Kely.

Confira aqui outras sugestões de Jaciara Pinheiro e Kely Melin para levantar a cabeça e buscar uma nova colocação:

  • Avalie-se de forma muito franca e sincera. O que você entendeu como habilidades e fraquezas?
  • Faça uma autoanálise: quanto mais você se conhece, mais fácil será para se recolocar em um novo emprego.
  • Não tenha vergonha: acione conhecidos, ex-empregadores, parceiros etc. e ative seu network.
  • Não fique parado: aproveite o tempo para se capacitar. Existem cursos e palestras gratuitos online. Leia bastante e atualize-se.
  • O tempo médio de desemprego é de cinco meses. Lembre-se disso.
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