Com a difícil situação econômica, aumenta a tensão daqueles que estão empregados. Quem será o próximo a perder o emprego? Existe alguma forma de me manter na empresa? Como é possível continuar essencial para a companhia?
“O único fator competitivo para as empresas é a inovação, e ela só vem de pessoas. Por isso, o profissional em alta é aquele que auxilia no processo de inovação da organização através do empreendedorismo interno. Essa atitude é a de pensar como dono da empresa.”
Para a psicóloga e diretora executiva da Curry Coaching, Gisélia Freitas Curry, empregabilidade é um conceito que vai além de manter o emprego, é a capacidade em manter-se em atividade produtiva. Sendo assim as principais ações para manter a empregabilidade em alta são:
– Atualização profissional.
– Competências adequadas a função exercida.
– Ética e idoneidade – valores alinhados com a cultura da organização.
– Rede de relacionamentos bem estruturada (network).
– Reserva financeira, gestão das finanças pessoais.
– Desenvolver atividades paralelas, como consultor, professor, palestrante, etc.
– Ajudar a dar visibilidade no mercado e manter-se produtivo.
Além dos pontos citados acima, há atitudes que são muito requisitadas em ambientes corporativos e uma delas é a flexibilidade diante das mudanças que fazem do profissional um “camaleão” capaz de se adequar às novas realidades e modelos de gestão. Trabalhar em equipe e agir como parceiro dos outros setores auxiliando nos processos de forma assertiva e ágil também torna o profissional participante das conquistas da empresa.
Egoísmo
Por outro lado, profissionais egoístas e que permanecem na zona de conforto estão fora de cogitação. “A empresa não pode enfrentar essa crise sozinha, precisa do esforço de todos. Os custos devem ser reduzidos e todos os gastos revistos. Profissional que se mantém resistente a isso e não se esforça para reduzir custos da sua área ou repensar sua forma de trabalho é um potencial candidato a ficar desempregado”, completa Gisélia.
Diante do cenário atual, empresas precisam de profissionais que agreguem valor estratégico à organização, trazem ideias, são criativos. “O único fator competitivo para as empresas é a inovação, e ela só vem de pessoas. Por isso, o profissional em alta é aquele que auxilia no processo de inovação da organização através do empreendedorismo interno. Essa atitude é a de pensar como dono da empresa”, afirma Gisélia, que destaca a pró-atividade e a resiliência como atitudes que contam pontos com gestores.
“A pró-atividade é tomar iniciativa, estar sempre um passo à frente nas ações importantes de sua área e não esperar que seu gestor peça para fazer. A resiliência [é importante], porque em meio a essa crise, gestores e alta administração entram em um estado de estresse que podem atingir negativamente a equipe. Entender esse momento, apoiar e manter a calma no trabalho ajuda muito no clima organizacional da empresa”, finaliza.