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Sim, amamentar é uma aventura! Quando ainda não somos mães, parece a coisa mais simples do mundo ao ver aquelas fotos tão ternas do bebê no peito da mãe, olhares se encontrando, a mãozinha segurando o dedão da mamãe… Mas para mim não foi tão fácil!

Confesso que para meu primeiro filho não preparei durante a gestação. No mínimo segui alguns conselhos como preparar o bico do seio,  passar esponja vegetal para “calejar” o bico, mas não li, não me informei, não fiz nenhum curso, não procurei profissionais especializados e na hora H sofri bastante.

Primeiro porque como tive que ir para uma cesárea de emergência, quando trouxeram meu filho para mamar, demorou para sair o colostro. Segundo, e considero o principal, a pega, desde o início, não estava correta. Eu perguntava para as enfermeiras e me diziam que estava certo, mas eu nem sentia o leite sair. Nos primeiros dias de vida do meu filho, foram uma luta, ele estava no peito praticamente de hora em hora, e era simplesmente fome, porque ele não estava conseguindo sugar direito. Com o passar dos dias, inevitavelmente devido a pega errada, meu seio não só rachou como abriu todo o bico em ferida. Ele já estava mamando leite com sangue. E eu morrendo de dor, é claro! Fiz tudo que me indicavam: casca de banana verde, deixar os peitos de fora (embora estivesse um frio terrível), secar com secador, passar o próprio leite, colocar diante de uma lampada amarela…. e nada melhorava, porque já estava num estágio muito avançado as feridas. Só foi melhorar mesmo com uma pomada dermatológica que é um antibiótico na verdade, e um protetor de seio que chama Mamare. Em dois dias começou a melhorar e pude voltar oferecer o peito para meu filho, mas antes disso tirava o leite e dava na mamadeira, ou seja, corri o risco dele gostar da facilidade da mamadeira e não querer mais o peito com menos de um mês de vida. Ainda bem que ele preferiu voltar para o peito. Durante estes dias de ferida, aproveitei para estudar muito sobre a pega, e sempre que o colocava no meu colo, treinava todas as dicas. Quando as feridas melhoraram, fiz dos momentos de amamentação um tempo só meu e dele, exclusivo! Concentrei-me e me dediquei inteiramente a cada mamada. Aí as coisas começaram a mudar, só que ele já estava com quase um mês e não tinha ganhado nada de peso.

Outro ponto que errei feio foi o descanso. Quando os antigos falam sobre o tempo de resguardo, é uma sabedoria que tem que ser obedecida! Embora tenha feito cesárea, me sentia muito bem, e quando o bebê dormia queria fazer um monte de coisa, menos dormir e descansar. Acabou acontecendo que não me recuperei bem do meu pós parto, e quando meu filho estava com 40 dias, tive uma grave infecção de garganta e meu leite quase secou. Tive que dar leite artificial pra ele enquanto tomava antibiótico, mais uma vez correr o risco com a mamadeira e tive que passar a tomar um outro remédio que o efeito colateral dele é a produção de leite. Não chegou a secar, mas diminuiu muitíssimo a quantidade. Tive que tomar até 4 comprimidos por dia desse remédio, o que me dava muito sono. E foi dormindo que descobri o segredo! Sim! Descansar e dormir, tomar muito líquido e se alimentar adequadamente são as chaves para se produzir muito leite. Por isso, quando te mandarem dormir, se você puder, vá mesmo! O descanso é peça chave para produção de leite materno. Principalmente neste comecinho, quando o corpo da mãe está entrando em sintonia com a necessidade do bebê. Depois de um certo tempo, de acordo às mamadas, o corpo da mãe passa a entender a quantidade de leite que tem que produzir e se torna algo mecânico. Mas até que isso aconteça é fundamental descansar, tomar muito líquido e alimentar-se bem e saudavelmente.

Bem, minha primeira experiência não foi tão boa, apenas compartilho meus erros para que também não o cometam. Por isso quero convidá-los (mães e pais) para um curso sobre amamentação que haverá no próximo dia 21. Como disse no começo no post, meu maior erro, foi a falta de formação, por isso indico que não percam a oportunidade de se prepararem para este momento tão fundamental para o bebê.  Com minha filha pretendo fazer tudo diferente, e se tudo der certo, amamentá-la pelo menos até os dois anos. Mais pra frente, volto a compartilhar como tem sido a nova experiência 😉 Um abraço!

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