Quem tem casos de doença arteiriais na família deve fazer o exame mais frequentemente.
Quem tem casos de doença arteiriais na família deve fazer o exame mais frequentemente.| Foto: Bigstock

Sem sintomas, o colesterol alto pode predispor a doenças arteriais como infarto, derrame cerebral e doença arterial periférica. Mas quem está “obrigado” a fazer a dosagem de forma seriada para acompanhar se vão mal os índices de lipídios como colesterol e triglicerídeos?

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Segundo o cardiologista Marcelo Assad, quem tem história na família ou de colesterol alto, ou de infarto e AVC ou quem já passou por um desses eventos. E o colesterol alto atinge de 8% a 10% da população e não dá sintomas. As informações são da Agência Brasil.

A dosagem do perfil lipídico também é indicada a crianças, já a partir do segundo ano de vida, quando há o histórico familiar. “O exame nesta faixa etária ajuda a estratificar quem tem colesterol alto”, diz Assad, que é diretor de Prevenção da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro. Ele sugere que a partir dos 10 anos toda criança tenha seu perfil dosado.

Segundo ele, as crianças de hoje são menos ativas fisicamente, tendendo ao ganho de peso precoce, o que contribui para um distúrbio global, no qual o colesterol está presente. Por isso, é importante ter alimentação adequada para as crianças e que elas façam atividade física regular desde pequenas, para que ganhem esse hábito ao longo da vida.

Alimentação influencia

Embora de 70% a 80% do colesterol seja produzido pelo próprio fígado, o fator alimentação pesa bastante no colesterol alto, pois que o restante, de 20% a 30% dele, vem da comida. “Ter uma vida saudável, com alimentação balanceada, não fumando, controlando a pressão, fazendo exercício, tentando diminuir o estresse e não acumulando peso ao longo da vida evita eventos cumulativos. Dosar o colesterol ajuda o médico definir qual é o risco desse indivíduo, para que possa traçar se ele vai precisar de remédio ou não para o restante da vida”, diz Assad.

As orientações são voltadas para a diminuição do LDL (colesterol ruim) e aumento do HDL (colesterol bom). O HDL carrega as gorduras das artérias para o fígado, já o LDL transporta do fígado para os tecidos e pode se acumular nas artérias.

Evitar alimentos ultraprocessados, ricos em gordura saturada, como comidas congeladas (batata frita, lasanha, nuggets), fast food em geral e salgadinhos e incluir na dieta alimentos oleaginosos, como as castanhas, nozes e pistache, que elevam a quantidade de HDL (colesterol bom) no organismo, são algumas dicas.

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