Entre 0 e 4 anos, as doenças do aparelho respiratório são as principais causas, seguidas de intercorrências perinatais e patologias infecciosas e parasitárias.
Entre 0 e 4 anos, as doenças do aparelho respiratório são as principais causas, seguidas de intercorrências perinatais e patologias infecciosas e parasitárias.| Foto: Bigstock

Entre 2010 e 2019, bebês, crianças e jovens até 19 anos somaram 2,6 milhões de hospitalizações anuais no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Em cada faixa etária se destaca uma motivação principal diferente para essas hospitalizações.

Entre 0 e 4 anos, as doenças do aparelho respiratório são as principais causas, seguidas de intercorrências perinatais e patologias infecciosas e parasitárias. As informações são da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

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Se entre 5 a 9 anos também são as principais causas as doenças do aparelho respiratório, seguida de patologias infecciosas e parasitárias, as causas externas vêm logo em seguida.

Na adolescência, entre 15 a 19 anos de idade, as internações são motivadas especialmente por atendimentos relacionados ao parto e puerpério, 59,2% do total de hospitalizações no período (2010 a 2019).

A gravidez na adolescência é considerada um fator de aumento da situação de vulnerabilidade das jovens mães e seus bebês, principalmente no caso de famílias com baixa renda.

Óbitos

A cada ano são registrados aproximadamente 95 mil óbitos de crianças e adolescentes com idade entre 0 e 19 anos. Entre as principais causas registradas no período de 1999 a 2018, segundo levantamento da SBP, estão os chamados problemas perinatais, geralmente relacionadas a infecções, problemas placentários, restrição do crescimento intrauterino, fumo, anomalias congênitas e doenças maternas.

Diante desse cenário, a SBP propôs que o Governo Federal incorpore cerca de dois mil a três mil pediatras ao Programa Médicos Pelo Brasil, atualmente em fase de elaboração/implementação; ou um pediatra para cada quatro Equipes de Saúde da Família, o que representaria quatro mil novos postos.

Não diagnosticadas

De acordo com o levantamento da SBP, de 1999 a 2018, os achados anormais (não especificados) em exames clínicos e laboratoriais representaram a quinta maior causa de óbitos de crianças e adolescentes no Brasil. Ao todo, foram 105,4 mil mortes. Segundo explica uma norma do Ministério da Saúde, o número refere-se a óbitos com diagnósticos inconclusivos.

Segundo recomenda o próprio Ministério da Saúde, até os seis anos de idade, as crianças devem ter no mínimo 13 consultas de puericultura, ou seja, acompanhamento regular com o pediatra para promoção do bem-estar e saúde integral do indivíduo durante o seu processo de desenvolvimento.

De acordo com a indicação oficial, são necessárias sete consultas no primeiro ano de vida, duas consultas no segundo ano e uma consulta por ano até os seis anos.

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