Resultados finais dos estudos clínicos de fase 3 da vacina demonstraram eficácia contra a Covid-19 e segurança| Foto: JUSTIN TALLIS/AFP
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A vacina experimental contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer em parceria com a alemã BioNTech registrou 95% de eficácia nos resultados finais dos estudos de fase 3 e se mostrou segura. Na semana passada, as empresas haviam anunciado que a taxa de eficácia do potencial imunizante para o novo coronavírus havia sido de 90% nos resultados preliminares dos testes da fase 3.

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A Pfizer também informou que planeja solicitar à agência regulatória nos Estados Unidos, a FDA, na sigla em inglês, uma autorização de uso emergencial da vacina nos próximos dias, o que abriria caminho para que a distribuição começasse até o final de 2020, caso a agência reguladora aprove o pedido.

De 170 voluntários adultos que desenvolveram a Covid-19 com pelo menos um sintoma, 162 receberam um placebo, enquanto oito receberam a vacina, disseram a Pfizer e a BioNTech. É justamente essa diferença no surgimento da doença entre os grupos que receberam a vacina e os que receberam o placebo (substância inócua) que demonstra a eficácia de uma vacina durante os testes clínicos. Ao todo, fizeram parte estudo quase 44 mil indivíduos.

Ainda segundo as farmacêuticas, a eficácia da vacina foi verificada consistente entre todas as idades, gêneros, raças e etnias. Entre as pessoas acima de 65 anos, a eficácia se mostrou acima de 94%.

Segurança

Segundo as farmacêuticas, os pesquisadores não encontraram nenhum problema sério de segurança na vacina, que pareceu ser bem tolerada após uma revisão dos dados de 8 mil participantes. Um efeito colateral grave foi a fadiga, relatada por 3,8% dos indivíduos, de acordo com as empresas. Além disso, 2% dos indivíduos relataram dores de cabeça.

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"Os resultados do estudo marcam um passo importante nesta jornada histórica de oito meses para apresentar uma vacina capaz de ajudar a acabar com esta pandemia devastadora", disse o CEO da Pfizer, Albert Bourla. "Continuamos avançando na velocidade da ciência para compilar todos os dados coletados até agora e compartilhar com os reguladores em todo o mundo", acrescentou.

De acordo com um porta-voz, a Pfizer está esperando para analisar completamente os dados e compilar a documentação necessária antes de pedir a autorização à FDA.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]