O risco pode ser 45% maior para pessoas com um tipo sanguíneo específico, e 35% menor para outro| Foto: Bigstock
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A pandemia do novo coronavírus tem trazido, entre tantas dúvidas, uma sobre por qual motivo alguns indvíduos são atingidos de maneira mais dura do que outros. E a resposta para isso pode estar no tipo de sangue, segundo pesquisa recente realizada por europeus.

Entre os oito tipos principais de sangue, A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+, O-, aqueles que, segundo os pesquisadores correm o risco de desenvolver sintomas mais intensos são os portadores do sangue tipo A. Essa descoberta foi publicada no periódico científico The New England Journal of Medicine na última quarta-feira. As informações são da Agência Brasil.

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Genes envolvidos

No auge da epidemia na Europa, pesquisadores analisaram os genes de mais de 4 mil pessoas em busca de variações que são comuns naqueles que foram infectados pelo vírus e desenvolveram casos graves de Covid-19.

Uma série de variantes em genes que estão envolvidos nas reações imunológicas são mais comuns em pessoas com casos graves de Covid-19, descobriram os cientistas. Estes genes também estão envolvidos com uma proteína de superfície celular chamada ACE2, que o coronavírus usa para ter acesso às células do corpo e infectá-las.

Os pesquisadores, liderados pelos médicos Andre Franke, da Universidade Christian-Albrecht de Kiel, na Alemanha, e Tom Karlsen, do Hospital Universidade de Oslo, na Noruega, também descobriram uma relação entre a gravidade da doença e o tipo sanguíneo.

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Maior e menor risco

O risco de casos graves de Covid-19 é 45% maior para pessoas com sangue tipo A do que pessoas com outros tipos sanguíneos, e parece ser 35% menor para pessoas com sangue tipo O. "As descobertas oferecem pistas específicas sobre os processos de doenças que podem acontecer na Covid-19 grave", disse Karlsen à Reuters por e-mail, observando que pesquisas adicionais são necessárias antes de as informações se tornarem úteis.

"A esperança é que esta e outras descobertas apontem o caminho para uma compreensão mais abrangente da biologia da Covid-19", escreveu Francis Collins, diretor dos institutos nacionais de Saúde dos Estados Unidos e especialista em genética, em seu blog. "Elas também sugerem que um exame genético e o tipo sanguíneo de uma pessoa podem fornecer ferramentas úteis para identificar aqueles que podem correr mais risco de uma doença grave".

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