Além de atividades que cuidem do físico da gestante, atentar-se para a saúde mental é importante também
Além de atividades que cuidem do físico da gestante, atentar-se para a saúde mental é importante também| Foto: Bigstock

O momento do nascimento do filho é um dos mais aguardados por qualquer gestante. Depois de 9 meses de espera a expectativa de conhecer o bebê é imensa, mas para isso acontecer, claro, é preciso passar pelo trabalho de parto. E informação é a principal ferramenta para encarar esse processo com tranquilidade.

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Buscar conhecimento durante o pré-natal é o primeiro passo. Selecionar o que é válido e confiável depende da equipe médica que acompanha a gestante, já que hoje se encontra qualquer tipo de informação na internet. “A cada consulta a gente vai sanando as dúvidas, cada gestante se preocupa com alguma coisa. Para algumas é a dor, para outras, se o acompanhante poderá estar junto no dia”, afirma a ginecologista e obstetra, professora da UFPR, Mariana Drechmer Romanowski. A médica também esclarece que os cursos de gestante são muito apropriados, mas a informação deve ser individualizada para cada paciente.

Fisioterapia

Do ponto de vista físico, independentemente do tipo do parto, se normal ou cesárea, o preparo do assoalho pélvico também pode garantir um parto mais fácil. Fisioterapia pélvica é uma alterativa que vem sendo cada vez mais buscada pelas futuras mamães, por exemplo.

Giovanna Faglioni é fisioterapeuta e trabalha com grávidas. Ela explica que o objetivo é ensinar a mulher a lidar com a sobrecarga adquirida durante a gestação. “Esse trabalho muscular acontece de forma harmônica e é indicado tanto para quem quer parto normal como cesárea”, esclarece.
A fisioterapia ainda combate dores lombares, diástases abdominais e disfunção urinária e pode ser iniciada a partir da décima quarta semana, segundo Giovanna. Já o trabalho específico para assoalho pélvico pode começar na 28ª semana.

Atividade física

A atividade física é outra indicação médica para que a mulher fique mais preparada para o parto. Julyana Egito, cardiologista e mãe de um casal, garante que praticar esporte foi fundamental durante a gestação. Quando engravidou do primeiro filho ela não tinha esse hábito, mas já treinava quando ficou grávida pela segunda vez. “Nas duas gestações ganhei o mesmo peso, mas na primeira eu fiquei muito inchada, o que não aconteceu na segunda. Treinei até a trigésima quinta semana e foi ótimo”, diz a médica. Julyana ainda aliou o esporte às drenagens, acompanhamento nutricional e diminuiu o ritmo de trabalho no fim da gestação.

Mariana Drechmer Romanowski defende que essa preparação faz toda a diferença. “Com certeza uma paciente mais ativa tende a ter um parto mais tranquilo e até mais rápido, assim como quem fez o preparo de períneo e de pelve pelo fisioterapeuta”, explica.

Relaxar

Mariana ainda destaca que o preparo emocional para esse momento é essencial. “A maternidade é um grande exercício de abrir mão da gente mesmo em prol de outro que está chegando. Às vezes temos que pensar que o planejamos não acontece”, alerta a médica.

Outro fator importante é ter alguém uma rede de apoio. Um ombro amigo onde se aconchegar. “Essa pessoa pode ser o pai do bebê, claro, mas também a mãe da gestante, uma amiga. Tem que ser alguém de confiança, com quem se tem uma parceria”, lembra a ginecologista.

E, claro, procurar manter a calma. Imaginar como será o parto faz parte da gestação, mas não é possível ter certeza de como se dará cada etapa desse processo, por isso respirar fundo é essencial o tempo todo. Com informação, confiança na equipe multidisciplinar e uma rede de apoio, a tranquilidade vem e o melhor parto possível vai acontecer.

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